Um grupo de quatro representantes do Banco Mundial, acompanhados de técnicos dos Governos Federal e do Estado, esteve em Jaboatão ontem para analisar como está sendo feito o trabalho de organização do Bolsa Família no Município.

O programa estava completamente abandonado no fim de 2008 e foi alvo de diversas reportagens pela desorganização do seu cadastro no início da gestão Elias Gomes, desde então a Secretaria de Promoção Humana e Assistência Social vem em um ritmo intenso de trabalho para regularizar a situação e aprimorar os processos de acompanhamento das condicionalidades relacionadas à Educação e Saúde.

O chefe da missão do Banco Mundial, David Ian Walker, em entrevista feita em inglês, afirmou que o trabalho “é extraordinário”.

Ele ficou impressionado com a seriedade e o engajamento dos profissionais e garantiu que vai levar ao Ministério do Desenvolvimento Social as “lições de Jaboatão”, para serem repassadas a outras cidades que tenham dificuldades semelhantes às que foram encontradas na segunda maior cidade de Pernambuco. “Em pouco tempo, o município conseguiu desenvolver uma sistemática para estabelecer conexões entre o programa e as políticas educacionais e de saúde, que não existe ainda na maior parte do País”, garantiu o especialista em Políticas de Proteção Social.

A Prefeitura de Jaboatão desenvolveu alguns sistemas próprios de informática para acompanhar as chamadas condicionalidades do Bolsa Família e também para organizar o cadastro.

Secretária de Promoção Humana e Assistência Social, Socorro Araújo, comemorou a visita: “Ficamos muito felizes com o reconhecimento de um esforço enorme que temos feito para garantir o funcionamento correto dessa política que atinge uma faixa da população que é extremamente carente”.

Ela lembrou ainda a falta de recursos do Município e lembrou que a Prefeitura precisa muito de parceiros.

Já o prefeito Elias Gomes, que participou da primeira parte da visita, fez uma avaliação geral do programa.

Para ele, o grande desafio é encontrar uma porta de saída para quem deixa de ser beneficiado pelo benefício.

O investimento em Educação e os cursos profissionalizantes são vistos como fundamentais, especialmente para que a população jaboatanense possa aproveitar a onda de investimentos que está acontecendo com a criação da Zona de Processamento de Exportações na cidade e de investimentos no Porto de Suape, como a refinaria e o Estaleiro Atlântico Sul.

Ele citou como exemplo de formação profissional, o que vem sendo desenvolvido para empregar os catadores do Lixão da Muribeca. “Milhares de pessoas viviam disputando com os urubus a sobrevivência naquele local, hoje eles trabalham no maior programa de coleta seletiva do Nordeste”.