No Blog de Josías A revista britânica ‘The Economist’, uma das mais prestigiosas publicações do mundo, dedicou uma página de sua última edição à sucessão brasileira.

Disponível na web, a notícia gira ao redor de José Serra.

No texto, a Economist como que adere à critica dos aliados do presidenciável do PSDB.

O sentido do reparo está resumido nas últimas linhas da notícia.

Economist escreve que Serra precisa entrar logo na campanha.

Isso “se não quiser ser lembrado como o melhor presidente que o Brasil nunca teve”.

Segundo a revista, o sistema político brasileiro, “caótico” e “multipartidário”, é “implacável” com aqueles que desperdiçam o seu momento.

No sobretítulo da reportagem, Economist refere-se a Serra como o “possível próximo presidente do Brasil".

No título, realça que ele aguarda pela presidência como excessiva paciência.

Na sobrelinha, anota que fez um “trabalho decente” em São Paulo.

Porém…

Porém, sustenta que Serra terá de “entrar na campanha” se quiser manter sua posição de líder nas pesquisas de opinião.

Informa que a vantagem que Serra exibia nas pesquisas esvaiu-se.

E atribui o fenômeno à “frenética campanha” que Lula realiza em favor de Dilma Rousseff.

No geral, a revista traça um perfil positivo de Serra.

Faz rápida menção às enchentes que já provocaram “cerca de 70 mortes” em São Paulo.

Mas anota que, apesar das acusações de ter falhado na adoção de medidas anti-enchetes, os aliados de Serra crêem que sua gestão é sólida o bastante para levá-lo à Presidência.

Para a Economist, a reforço da musculatura econômica e diplomática do Brasil tornou a tarefa de governar o paíos ainda mais difícil.

E Serra, diz o texto, dono de “impressionante” currículo acadêmico, [ex-]ministro e governador, “é certamente um forte candidato” a ocupar a presidência.

Um posto que, segundo a Economist, um amigo do governador disse que ele já ambicionava aos 17 anos.

A revista faz uma comparação entre Serra e Dilma: são “o mesmo, mas diferentes”.

Segundo a Economist, o “desenvolvimentista” Serra não está, do ponto de vista ideológico, muito longe de Dilma.

Mas o candidate tucano estaria mais propenso a levar adiante reformas necessárias à melhoria do service publico e à aceleração da economia.

Dilma, também apresentada como “administradora capaz”, é vista pela Economist como pessoa “ainda menos carismática que seu rival”.

Por isso, de acordo com a conclusão da revista, os índices de Serra nas pesquisas podem subir tão logo ele comece a fazer campanha.

O texto da publicação britânica até parece coisa encomendada pela turma do DEM e pela cada vez mais impaciente cúpula do PSDB.

Serra faz ouvidos moucos para as críticas.

Mas um grão-demo ouvido pelo repórter brincou: “Ele talvez seja sensível à matéria da Economist…” “…A crítica é a mesma.

Mas agora foi feita em inglês, uma língua que tucano adora”.