Da Folha de S.

Paulo A Agência de Proteção Ambiental americana incluiu o álcool brasileiro produzido a partir da cana-de-açúcar na lista de biocombustíveis que podem contribuir para a redução das emissões de gases do efeito estufa.

A agência divulgou ontem regulamentação para produção e uso de biocombustíveis nos EUA, com a determinação de patamar mínimo de consumo.

Segundo a agência, o biodiesel a partir da soja e de outros materiais, o álcool de cana-de-açúcar e o álcool a partir do milho (este último, desde que produzido com tecnologias mais eficientes) cumprem as exigências de redução dos gases do efeito estufa.

Nos cálculos da agência, o álcool de cana reduz as emissões em até 61% comparado com a gasolina, um patamar bastante superior ao do álcool a partir do milho, na faixa dos 20%.

As regras divulgadas pela agência complementam o Ato de Segurança e Independência Energética aprovado em 2007.

A agência estipula que os EUA devem ter um consumo mínimo de 45 bilhões de litros de biocombustíveis neste ano.

Até 2022, ele deve alcançar 136 bilhões de litros.

A regulamentação prevê o uso de pelo menos 15 bilhões de litros por ano até 2022 da categoria de combustível na qual o álcool de cana se enquadra.

Em 2010, a previsão é de uso de 756 milhões de litros deste tipo de combustível.

A própria agência afirma no documento que só analisou em suas projeções o álcool de cana do Brasil, mas que isso não impede os EUA de comprarem de outros países desde que eles estejam de acordo com as regras.

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