2009 foi o ano do emprego em Pernambuco.

Os dados estão na mais recente Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quinta-feira (28/01) pela Agência Condepe/Fidem e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com um balanço do período.

Se 2009 teve o menor desemprego de toda a série histórica da pesquisa, Dezembro também apresentou declínio.

A taxa de desemprego total, entre novembro e dezembro, passou de 17,7% para 17,5%.

Essa é a menor taxa de desemprego da série iniciada em 1998.

Segundo suas componentes, a taxa de desemprego oculto recuou de 7,1% para 6,8% e a de desemprego aberto passou de 10,6% para 10,7%.

Os dados demonstram que a taxa de desemprego total da População Economicamente Ativa (PEA) diminuiu, passando de 19,6%, em 2008, para 19,2%, no ano passado.

Isso significa que a Região Metropolitana do Recife (RMR) apresenta a menor taxa de desemprego dos últimos doze anos, período em que a pesquisa vem sendo realizada na RMR.

Em 2009, o nível ocupacional da RMR cresceu 3,6%, e o contingente de ocupados foi estimado em um milhão e 422 mil pessoas, 50 mil a mais do que em 2008.

Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve um “boom” de crescimento na Construção Civil (16 mil ocupações, ou 25,0%), expansão no Comércio (geração de 6 mil, ou 2,3%), nos Serviços (29 mil, ou 3,9%) e no agregado Outros Setores (3 mil, ou 1,8%) – composto pelo trabalho doméstico e outras atividades não definidas.

Retração apenas na Indústria de Transformação (menos 4 mil ocupações, ou 2,9%).

Segundo o tipo de inserção no mercado de trabalho, aumentou o número de assalariados (geração de 31 mil postos de trabalho, ou 3,7%), de trabalhadores autônomos (16 mil, ou 4,9%) e dos classificados nas demais posições (3 mil, ou 1,4%) – composto por empregadores, empregados domésticos, trabalhadores familiares sem remuneração e donos de negócio familiar.

O comportamento do emprego assalariado decorreu do aumento dos setores privado (3,2%) e público (5,5%).

Outro ponto positivo: no segmento privado cresceu o número de trabalhadores com carteira assinada (3,9%).

Entre 2008 e 2009, os rendimentos médios reais cresceram para os assalariados (1,3%).

Estes rendimentos passaram a corresponder, em média, R$ 875. “Nós não estamos apenas gerando mais vagas, é importante verificar que houve um aumento na qualidade do emprego, já que o valor da remuneração de assalariados e a quantidade de trabalhadores com carteira assinada também vêm crescendo.

Outro destaque excepcional é a construção civil, que apresentou uma taxa de crescimento duas vezes maior que a média das outras metrópoles do Brasil.

Enquanto a RMR cresceu 25% nesse setor, a média de crescimento do Brasil ficou em 12,1%”, explica Rodolfo Guimarães, diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas da Agência Condepe/Fidem.