As exposições “Desenhos das Crianças de Terezín” e “Anne Frank - Uma História para Hoje”, que serão inauguradas também no dia 27, fazem parte de uma iniciativa ainda mais abrangente, o projeto “Paralelos”.

O objetivo da iniciativa é difundir a cultura da paz e uma nova forma de conviver com as diferenças.

O projeto é composto por duas fases, a primeira contempla a realização das duas exposições, que permanecerão no Recife até o mês de março.

A segunda fase, com data ainda a ser definida, terá mostra de filmes e ciclo de palestras, unindo a sociedade num debate que estará acontecendo, ao mesmo tempo, em diversos bairros da periferia, universidades, escolas, bibliotecas, etc.

Os desenhos das crianças de Terezín é um retrato dos sentimentos, sonhos e percepções da realidade retratadas por crianças de 10 a 15 anos que viviam no Campo de Concentração de Terezín, na antiga Tchecoslováquia.

Sob a orientação do artista Fried Dicker-Brandejs, eles utilizavam todo o tipo de material possível para se expressar.

Das 15 mil crianças que viveram no Campo de Terezín, apenas 100 sobreviveram aos horrores do nazismo.

A exposição traz cerca de 70 quadros e funcionará na Casa da Fundação Safra, na Rua do Bom Jesus, nº191, localizada ao lado da Sinagoga Kahal Zur Israel.

Já a exposição “Anne Frank - Uma História para Hoje” foi idealizada pela Fundação Museu Anne Frank, sediada em Amsterdam e foi inaugurada em outubro de 1996, em Viena, na Áustria e já passou por diversos países, entre os quais Japão, Alemanha, Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Polônia, Itália, Espanha, Portugal, Nova Zelândia, Equador, Panamá, Estados Unidos, Argentina, Bolívia e Chile.

Atualmente são 40 versões lingüísticas percorrendo todo o mundo.

A exposição tem caráter informativo e pedagógico.

A história é contada através da perspectiva da família Frank e é relacionada à história do Holocausto a partir do relato de sobreviventes.

A mostra ficará na Galeria Regional Nordeste MINC/BNB, na Rua do Bom Jesus, nº 237. “Com esse trabalho, queremos proporcionar uma reflexão profunda e dialogar com a sociedade sobre novas formas de lidarmos com as nossas diferenças e conflitos, numa cultura de paz e respeito humanitário”, comenta o idealizador do projeto “Paralelos”, Germano Haiut.