O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá comparecer pelo quinto ano consecutivo à cerimônia de 27 de janeiro, Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Autoridades políticas, sociais e religiosas, de diferentes tendências, também estarão presentes.
Estarão no evento ainda alguns sobreviventes que moram hoje no Recife, como Pola Berenstein, Luiz Kano, Suzi Krautamer e Moisés Lederman.
O jornalista e escritor Ben Abraham, que nasceu na Polônia em 1924 e sobreviveu aos campos de concentração durante a ocupação alemã em seu país e autor de vários livros sobre o Holocausto concederá uma entrevista coletiva no dia 26, um dia antes da realização da cerimônia oficial.
A Confederação Israelita do Brasil é a entidade de representação e coordenação da comunidade judaica brasileira, que reúne hoje cerca de 120 mil pessoas, com instituições organizadas em 14 estados do país.
Realizada em anos anteriores em São Paulo e no Rio de Janeiro, a cerimônia vai ocorrer na Sinagoga Kahal Zur (pronuncia-se tzur) Israel, por sugestão do próprio Lula.
Para a realização do evento, o espaço passou pela primeira reforma depois da sua reinauguração, em 18 de março de 2002, pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso.
Foi nessa época que a Sinagoga recém-descoberta em pesquisas arqueológicas foi restaurada e transformada em centro cultural.
Parte dos trabalhos já está concluída, mas o prédio passará ainda por uma segunda fase de obras, incluindo um projeto de acessibilidade, assinado pelo arquiteto José Luiz da Mota Menezes, também responsável pelas obras de restauração do prédio na época da reinauguração.
A primeira reforma da Sinagoga desde a sua reinauguração foi iniciada no final de 2009, exatamente 370 anos depois da sua construção original.
De acordo com os historiadores, “em 1639, na rua construída pelos judeus, hoje Rua do Bom Jesus e antes chamada de Rua dos Judeus, é edificada uma sinagoga, a primeira das Américas”.