Do R7, em Brasília O presidente da CPI da Corrupção, deputado Alírio Neto (PPS), anunciou oficialmente o fim da comissão na tarde desta quinta-feira (21).

Durante a reunião de hoje – a segunda desde que a CPI foi criada -, Neto disse que os trabalhos foram encerrados.

O deputado argumentou que o despacho judicial que determinou o afastamento de oito deputados citados no inquérito do mensalão do DEM inviabiliza a comissão, já que alguns destes parlamentares integram a lista dos 22 apoiadores do requerimento que criou a CPI. - Considerando que para a formação da CPI da Codeplan [nome oficial da CPI da Corrupção] foram usadas assinaturas de parlamentares afastados por decisão judicial, considerando que esse requerimento foi assinado por alguns dos oito deputados afastados por liminar, essa presidência toma a decisão de encerrar os trabalhos.

O deputado Paulo Tadeu (PT) tentou convencer o presidente da comissão a manter os trabalhos pelo menos para ouvir o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa em audiência marcada para terça-feira (26).

Aliados do governador José Roberto Arruda (sem partido) foram irônicos ao sugerir à oposição que recorresse da decisão do juiz que pediu o afastamento dos parlamentares.

Indagado se os governistas estariam realizando manobra para sepultar as investigações, Alírio Neto respondeu: - A manobra foi do juiz.

O presidente em exercício da Casa, deputado Cabo Patrício (PT), afirmou que não vai aceitar o encerramento da CPI e convocará, em até sete dias, novos integrantes para formar a comissão. - Isso é uma questão de interpretação.

A ação faz referência ao impeachment do governador.

Vou fazer a CPI voltar a funcionar.

São sete dias para indicar novos membros para a comissão.

Paulo Tadeu afirmou que a oposição pretende levar o impasse ao plenário.

O petista também cogita a hipótese de entrar com ação para manter os trabalhos da CPI e o depoimento de Durval.

Se nenhum dos artifícios da oposição funcionar, os parlamentares terão que começar do zero e recolher novamente 22 assinaturas para reabrir a CPI.