(Foto: Alexandro Auler / JC Imagem) Por Luiza Maia, especial para o Blog de Jamildo luizamaia@gmail.com Veja o que o deputado estadual, líder da Oposição na Assembleia Legislativa, Augusto Coutinho (DEM) pensa sobre pontos polêmicos do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3): BLOG - A criação da Comissão Nacional da Verdade é necessária ou já está fora de tempo, visto que os crimes prescrevem?
AC – Crimes de fato precisam ser apurados, sejam eles cometidos por quem quer que seja.
Não se justifica matar uma pessoa e não se responsabilizar e não pagar pelo que fez.
Acho que precisa ser apurado, mas não de uma banda só.
Não só atos dos repressores, mas também das guerrilhas, atos terroristas.
BLOG - O programa prevê ampliação dos direitos dos homossexuais.
Estava na hora de o governo se posicionar a favor disso?
AC – Eu acho que sim. É uma tendência natural do mundo.
A própria sociedade já convive com essa questão com muito mais maturidade e com muito menos preconceito.
Sou a favor da união estável.
BLOG - Taxar grandes fortunas é abuso ou justiça?
AC – Eu acho que é justiça sim.
Acho que quem tem mais, deve pagar mais; quem tem menos,deve pagar menos.
BLOG - Você acha que os artigos relacionados aos meios de comunicação são uma forma de cercear a liberdade de imprensa?
AC – Acho um absurdo essa postura dos “esquerdóides” à la Hugo Chávez.
Tem muito petista que pensa assim e se vangloria com essas idiotices.
Acho que o Brasil tem conseguido consolidar muito bem nossa liberdade de imprensa e que esses mecanismos que se apresentam são um retrocesso.
BLOG - O programa prevê livre exercício das religiões e respeitos aos cultos, mas proíbe a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos.
Para você, é uma forma de limitar a liberdade ao culto?
AC – Eu acho que é uma coisa completamente sem sentido um decreto que conste uma determinação dessas.
Não consigo enxergar o porquê de constar essa proibição.
BLOG - O programa prevê audiências coletivas com os envolvidos, em casos de conflitos de posse, agrários ou urbanos, antes da avaliação da concessão.
O que você acha desse artigo?
AC – Acho um absurdo.
O direito à propriedade é uma coisa consagrada e consolidada por todo o povo brasileiro.
Nós temos por característica o direito à propriedade e não podemos aceitar que isso não seja respeitado, principalmente quando vemos movimentos como o MST realizarem ações que mereciam ser caso de polícia, não de defesa da reforma agrária. É inaceitável.
A descriminalização do aborto representa autonomia para as mulheres ou homicídio?
AC – Eu acho que essa questão do aborto deve ter alguns parâmetros e limites.
O período de gravidez, por exemplo.
Essa questão do aborto deve vir com algumas explicações claras.
Mas, a princípio, não acho que seja um ponto a ser recriminado.