No G1 A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, rebateu nesta sexta-feira (15) as críticas do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), que disse, em entrevista à revista Veja, que se os tucanos ganharem as eleições acabarão com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Eu lamento e acho estarrecedor que alguém se proponha a esse tipo de coisa, por questões políticoeleitorais, principalmente um presidente de um partido, venha a falar de um projeto, como o PAC”, disse a ministra ao ser questionada sobre o tema em uma entrevista à Rádio Mirante AM, do Maranhão.
Dilma listou projetos de infraestrutura do PAC e disse que “seria um absurdo” dar fim ao programa.
Ela criticou o PSDB e disse que, por conta do governo Fernando Henrique Cardoso, o país ficou anos sem investir em refinarias. “Foi durante o governo do PSDB, do presidente Fernando Henrique Cardoso, que pouco se investiu em infraestrutura nesse país”, disse.
Na entrevista à revista, Guerra disse que PAC não se realizou e que o país vive na iminência de um apagão nos aeroportos. “[Se ganharmos a eleição] haverá um Ministério do Planejamento que realmente planeje, e não o desastre que está aí hoje.
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não se realizou.
Não há prioridades programáticas, só números inflados", criticou Guerra.
O presidente nacional do PSDB ainda completou: “Apenas os projetos eleitoreiros, os que têm padrinhos políticos, estão andando.
As estradas estão esburacadas, os aeroportos estão na iminência de outro apagão, a infraestrutura de transportes, como os portos, foi entregue a políticos e a grupos de pressão.
Isso é o PAC na realidade – e nós vamos acabar com ele.” Taxa de juros Guerra disse ainda que o PSDB quer mudar a taxa de juros, o câmbio e as metas de inflação, caso chegue à presidência da República.
Ele também defendeu um ajuste rigoroso nas contas públicas e disse que o governo gasta muito mal. “Iremos mexer na taxa de juros, no câmbio e nas metas de inflação.
Essas variáveis continuarão a reger nossa economia, mas terão pesos diferentes.
Nós não estamos de acordo com a taxa de juros que está aí, com o câmbio que está aí.
Estamos criando empregos no exterior.
Os últimos resultados da balança comercial são negativos”, argumentou Guerra.
Para o tucano, é preciso “estabelecer mecanismos para criar empregos no Brasil”. “Espero que a sociedade nos compreenda.
Será necessário fazer um rigoroso ajuste das contas públicas.
Hoje, o governo gasta muito – e mal.
Os gastos cresceram além da capacidade fiscal do país”, afirmou o senador na entrevista.
Dilma também rebateu essas propostas e disse que o governo não permitirá que o PSDB ganhe as eleições para fazer isso: “Eles não vão nunca acabar com o Bolsa Família e nem tampouco com o PAC, até porque nós esperamos que eles não ganhem a eleição para fazer uma coisa dessa.” Economia A ministra-chefe da Casa Civil acusou o PSDB de ter um projeto político “aventureiro” na área econômica. “O grave também é querer ter uma política absolutamente aventureira no que se refere a juros, no que se refere a câmbio e também no que se refere às metas de inflação.
Se a gente tiver um pingo de seriedade, nós vamos ver que nós conseguimos controlar a inflação”, avaliou.
Dilma seguiu sua análise afirmando que o governo conseguiu construir uma política econômica independente e bem sucedida. “Nós tivemos a capacidade de termos uma política que deu ao Brasil condições de fazer sua própria política, de acabar com aquela história de ir com o pires na mão, como eles iam no Fundo Monetário Internacional.
Então, nós acreditamos que nossa política econômica foi muito bem sucedida e achamos ser um aventurerismo falar uma coisa dessas”, respondeu a pré-candidata.