De O Globo Depois de uma reunião com os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a um meio termo para não agradar nem desagradar os militares ou militantes dos direitos humanos.
Lula resolveu manter o decreto anterior, que prevê a aprovação de 27 novas leis e trata de assuntos polêmicos, como união entre homossexuais e descriminalização do aborto, mas editará ainda nesta quarta-feira um novo decreto que cria um Grupo de Trabalho cujo objetivo é “examinar a violação dos direitos humanos praticados no período fixado no artigo 8 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”.
O decreto editado em 21 de dezembro, que causou conflito entre as pastas de Jobim e Vannuchi, falava que a Comissão da Verdade iria apurar violações praticadas pela repressão militar.
Os militares se insurgiram e queriam mudar a expressão para violações praticadas durante o conflito militar.
Com isso, esperavam investigar também militantes de organizaçòes de esquerda que praticaram eventuais crimes, e não apenas a tortura praticada nos porões dos quartéis e presídios.
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