O governador Eduardo Campos e o vice-governador e secretário de Saúde, João Lyra Neto, inauguraram, nesta segunda-feira (11/01), em Igarassu, a segunda Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pernambuco.

No palco armado dentro da unidade, o governador explicou que as ações do Governo para o fortalecimento da rede pública de Saúde foram guiadas pela vontade de servir ao povo. “Quase 90% da população não pode pagar pelo seguro de saúde”, frisou.

Eduardo também lembrou que a constituição estabelece o percentual mínimo de 12% da receita corrente líquida dos estados para investimentos no setor e que, em três anos de Governo, Pernambuco superou a meta. “Em 2007 investimentos 14%.

Em 2008, pouco mais de 14% e no ano passado alcançamos a marca dos 16%.

Em 2006, o orçamento anual para a saúde era de R$ 408 milhões.

Em 2009, fechamos o ano com um investimento de R$ 687 milhões, um aumento de mais de 70%”, comparou, antes de garantir que estes valores serão ampliados em 2010, o “ano da Saúde” no Estado. “Em três anos e onze dias de Governo, colocamos três mil profissionais para dentro do SUS.

Desses, 700 são médicos, que têm salários maiores do que a média da categoria no Nordeste e planos de cargos e carreira”, disse o governador.

O vice-governador e secretário de Saúde, João Lyra Neto, explicou que os casos de alta complexidade serão encaminhados de lá para o HMA ou para os outros grandes hospitais da rede, dependendo do tipo de atendimento necessário. “O funcionamento da UPA não vai substituir nenhum serviço, vai se somar à rede de hospitais, policlínicas e PSFs já existente.

Em seis dias de atendimento na UPA de Olinda, por exemplo, desafogamos os corredores dos grandes hospitais, com os casos que puderam ser resolvidos lá mesmo.

Em média, cerca de 355 pessoas estão sendo atendidas por dia”, ressaltou. “A UPA de Olinda já realizou 2.500 atendimentos.

O Hospital Miguel Arraes já fez mais de 300 cirurgias e para onde iriam esses pernambucanos?

Para o Hospital da Restauração, para o Getúlio Vargas ou para o Agamenon Magalhães”, disse.

Construída às margens da BR-101, quase em frente à fábrica da Gerdau no bairro de Rubina, a UPA Honorata Queiroz Galvão vai trabalhar integrada ao Hospital Miguel Arraes (HMA), e às unidades de Olinda, inaugurada há uma semana, e de Paulista, que passa a operar a partir da próxima terça-feira.

Ela tem capacidade de atender cerca de 500 pacientes por dia, nas especialidades de clínica médica, pediatria e traumato-ortopedia. “Nosso perfil é de urgência que não recorram a procedimentos invasivos e ambulatoriais.

Temos um quadro de plantão composto por três enfermeiros, dez técnicos em enfermagem, dois clínicos, dois pediatras e um ortopedista”, informou a coordenadora-geral da UPA, Cláudia Luna, que frisou o número total de colaboradores envolvidos nos trabalhos da unidade: “Ao todo são 250 pessoas, dessas, 49 são médicos”.

A UPA de Igarassu tem cerca de 1,3 mil metros quadrados de área construída, dividida entre área externa, térreo e pavimento superior.

A sua estrutura física possui sete consultórios, área de acolhimento com classificação de risco, 18 leitos de enfermaria, sendo quatro deles de área vermelhos - destinados à estabilização de casos graves -, além de sala de raio-x, de inalação coletiva (nebulização), banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, brinquedoteca, entre outras instalações.