No G1 O secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, disse nesta sexta-feira (1º) que o decreto presidencial que criou a Comissão Nacional da Verdade não é contra os militares nem pretende alterar ou anular a Lei de Anistia, que extinguiu crimes políticos praticados durante o regime militar.

A publicação, na semana passada, do decreto que cria a comissão abriu uma crise militar e levou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes das Forças Armadas a entregar um pedido de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista à Agência Brasil, o secretário afirmou que país deve ter orgulho das Forças Armadas.

No entando, ele defendeu a punição para torturadores e estupradores que cometeram crimes durante a ditadura.

Segundo Vannuchi, o presidente Lula resolverá o impasse.

Os comandantes militares reclamam porque, segundo eles, o decreto excluiu de novas investigações os crimes cometidos pelos militantes de esquerda.

Crise A controvérsia teve origem com a publicação no Diário Oficial da União, no dia 22, de um decreto que propõe a criação da Comissão Nacional da Verdade, que investigaria violações aos direitos humanos durante a ditadura militar.

O documento sugere ainda a revogação de leis do período que vai de 1964 a 1985 que sejam contrárias aos direitos humanos ou que tenham dado sustentação a graves violações.

Tudo depende de aprovação no Congresso Nacional.