A pesquisa também mostrou que os empresários têm expectativas de aumentar suas receitas em 2010 (40%) ao serem perguntados sobre as tendências de seus negócios para o próximo ano.

A segunda opção foi investir em máquinas e equipamentos (31%) e, em terceiro, o aumento da rentabilidade (29%).

Entre os brasileiros, estes índices foram de 73%, 61% e 57%, respectivamente, “o que demonstra uma alta motivação entre o empresariado”, diz Mauro Terepins.

Um outro indicativo do otimismo no Brasil é a alta porcentagem de empresas que afirmaram que pretendem contratar em 2010 (59%), sendo que a média mundial foi de apenas 20%.

Para Alex MacBeath, líder mundial da Grant Thornton International, estes números sugerem que, durante a recessão mundial, os custos tornaram-se mais simples e as companhias, mais eficazes. “Isso pode permitir a redução dos custos e ainda garantir um aumento das receitas e dos lucros”, afirma. “Com a economia mundial emergindo da recessão, é provável que muitas PHBs colham os frutos de uma eficiência conquistada durante a recessão e, desta forma, liderem o caminho da recuperação econômica.” MacBeath acrescenta que as empresas de capital privado são responsáveis por 81% do PIB mundial e que os resultados deste estudo devem encorajar toda a cadeia produtiva. “Muitas pessoas culparam a globalização pela velocidade com que a crise mundial afetou o mundo, mas agora estamos vendo que a globalização também pode nos ajudar a sair da recessão”, afirma MacBeath. “Esta pesquisa sugere que os empresários dos grandes mercados emergentes, como China, Índia e Brasil, estão confiantes de que podem ajudar o resto do mundo a sair da crise”, garante o executivo. “Muitas outras economias estão igualmente otimista (em alguns casos, mais otimistas do que em anos anteriores) por não apenas terem sobrevivido à recessão, mas também por sentirem que podem ajudar na retomada e, assim, ver seus negócios crescer novamente.”