Jamildo, bom dia Digo desde já que não é algo pessoal.

Mas paciência tem limites.

A Fundarpe deu um calote sem precedentes nesse megalomaníaco projeto Pernambuco Nação Cultural.

Além do meu caso existem muitos outros semelhantes: o serviço foi prestado e o pagamento ainda não realizado.

Me inscrevi em um edital e fui selecionado para ministrar a oficina “Gestão Cultural” para músicos em Garanhuns, durante o FIG 2009, entre os dias 20 e 24 de julho.

Recebi R$ 300,00 em dinheiro, como adiantamento, para pagar despesas com material didático (apostilas).

O contrato previa o pagamento restante (R$ 2.216,00) em 45 dias.

Fiquei surpreso em setembro quando o departamento financeiro me informou que não havia empenho em meu nome.

Todos sabemos que a realização de uma despesa, pela Administração Pública, deve seguir a ordem empenho-liquidação-pagamento.

Pois bem, prestei o serviço (liquidação) sem empenho prévio.

Logicamente que ainda não recebi o valor acertado.

Já se passaram 5 meses.

Já telefonei várias vezes, e outras tantas fui pessoalmente à Fundarpe.

A desculpa é a mesma: “não temos dinheiro”.

Ora, e por que contrataram sem dinheiro em caixa para pagar? É muito irresponsabilidade.

Fere os princípios da legalidade, da moralidade e da eficiência da Administração Pública, consagrados na Constituição Federal de 1988.

O orçamento anual da Fundarpe é superior à R$ 100 milhões.

A Fundarpe destinou este ano R$ 24 milhões para o Funcultura.

A Fundarpe vai pagar ao Grupo Severiano Ribeiro um valor mensal de R$ 20 mil durante 5 anos pelo aluguel do Cinema São Luis, que deve ser reinaugurado na próxima segunda-feira com a presença do Governador Eduardo Campos.

A Fundarpe tem dinheiro.

Mas só paga a alguns eleitos.

Não sabemos quais os critérios.

A Fundarpe pode explicar a todos o que até agora ninguém de lá me explicou, mesmo com tantos telefonemas e visitas.

Um abraço, Léo Salazar