Por Janguiê Diniz - Presidente do Conselho do Grupo Ser Educacional janguie@sereducacional.com Estou otimista para 2010.

Este meu otimismo advém do desempenho do Brasil e, em especial, de Pernambuco, nestes últimos anos.

O Brasil e Pernambuco estão no caminho certo.

As ações governamentais implementadas em nível Federal e Estadual estão contribuindo decisivamente para a transformação da sociedade brasileira.

FHC, ao criar o Plano Real e ao realizar as privatizações, pavimentou o crescimento da economia brasileira.

O Plano Real trouxe a estabilização econômica.

Os indivíduos adquiriram condições de programar os seus investimentos.

As privatizações possibilitaram que investimentos estrangeiros chegassem em considerável volume ao Brasil.

A privatização do sistema de telefonia possibilitou a universalização da comunicação entre os indivíduos.

Logo, não podemos negar que as privatizações e o Plano Real proporcionaram um grande crescimento econômico de nosso país.

Doutra parte, o presidente Lula, antes de ser eleito para o seu primeiro mandato, assumiu o compromisso com a sociedade, através da Carta aos Brasileiros, de que a política econômica não seria modificada.

E, como era esperado, cumpriu com a palavra.

Em virtude disso, o Brasil teve um bom desempenho econômico durante os seus dois mandatos.

Em meados de 2008, surgiu a crise econômica.

Uma das mais graves da história.

Crise iniciada nos Estados Unidos, mas que logo, em virtude da globalização da economia, atingiu diversos países do mundo, inclusive o Brasil.

O governo Lula agiu rapidamente.

A rapidez do presidente contagiou o setor produtivo e os consumidores.

O Presidente cobrou dos empresários investimentos e dos consumidores, que não hesitassem em consumir.

Os empresários e os consumidores seguiram a conclamação do presidente e movimentaram a economia.

O Estado, por outro lado, acertou quando investiu recursos públicos para estancar a crise.

Não existe contradição nenhum entre desempenho capitalista e estado.

O setor produtivo ao estar pujante irriga o estado com recursos em forma de tributos.

Com isso, o estado adquire condições de prover bens e serviços públicos com eficiência.

Portanto, o estado, em momento de crise, deve sim reduzir impostos, oferecer créditos, e financiar a expansão do setor produtivo.

Nesta perspectiva, o presidente Lula agiu corretamente ao facilitar o crédito através dos bancos públicos, ao reduzir os juros, ao reduzir tributos, em especial o IPI, ao incentivar, através do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), a fusão de empresas.

Apesar do crescimento pífio de 2009, o Brasil sai fortalecido desta crise, e para 2010 resultados positivos com certeza virão.

Em 2010, segundo previsões de economistas, teremos crescimento econômico em torno de 4%.

Não é o desejado, friso!

Contudo, não podemos esquecer que nos últimos 16 anos a classe C recrudesceu.

E, com isso, a economia brasileira ganhou mais consumidores.

Por outro lado, a desigualdade social também foi reduzida além de que muito mais indivíduos estão frequentando as escolas de ensino básico e o ensino superior, embora, ainda não seja o desejado.

Então, por que não acreditar no Brasil?

Em 2010 ocorrerão eleições.

Felizmente o presidente Lula, que quer ficar na história como democrático, não aceitou as propostas indecentes de alguns, no sentido de pleitear um terceiro mandato.

Diferentemente de alguns países da América latina, e em especial da Venezuela, aqui as regras constitucionais do jogo democrático foram respeitadas e com isso ganhou ainda mais a democracia, embora, como escrevi anteriormente, a democracia brasileira ainda não se faz plena, mas, é ainda imperfeita.

PT e PSDB disputarão como favoritos as eleições do próximo ano.

Qualquer um que vencer, ou outro partido que venha a ser surpresa na disputa, certamente não optará por mudar a política econômica.

Acredito que o próximo presidente lutará pela melhoria da gestão pública, pela redução dos gastos públicos desnecessários e pelo forte investimento em infra-estrutura.

Eu acredito no Brasil.

Acredito em Pernambuco.

O Brasil não é mais o país do futuro; é o próprio futuro.

Nós, brasileiros, devemos nos orgulhar de sermos uma economia em forte crescimento.

O desenvolvimento econômico do Brasil e, em especial, de Pernambuco já é realidade.

Uma realidade há tanto tempo sonhada.