Quatro dos 54 presos pela Polícia Civil, na Operação Guararapes, em agosto do ano passado, foram levados a julgamento na última sexta-feira (18), no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, sob a acusação de formação de quadrilha para a prática de crimes hediondos, cuja pena máxima é de seis anos.

Posteriormente, esses acusados serão julgados individualmente pelos crimes de homicídio que teriam praticado.

A sessão foi presidida pela juíza Inês Maria Albuquerque e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelos promotores de Justiça Allison de Jesus Cavalcanti de Carvalho e Luis Sávio Loureiro da Silveira.

Ao final do julgamento, Gleyson Mário da Silva foi condenado a cinco anos de prisão e Josafá Coutinho Guedes (Fá) e Wellington Tributino de Lima (Leto) foram condenados a cinco anos e seis meses de prisão, todos em regime fechado.

Por sua vez, Haldir Gonçalves da Silva Melo não foi julgado em face da ausência de seu defensor constituído.

Os quatro são acusados de fazer parte de um grupo de extermínio responsável por dezenas de homicídios, o que levou a Polícia Federal a deflagrar a “Operação Guararapes”, que culminou com 54 prisões, em agosto do ano passado.

Esse foi o primeiro julgamento de réus oriundos da citada operação.

No mesmo processo (nº 222.2008.7663-5), outros cinco réus (José Luiz de França Farias, Júlio Sérgio Bezerra Lins, Luciano Bezerra Lins, Luiz Mário de Oliveira e Marcelo de Lima Silva) respondem pela prática do homicídio de Waldecy José da Silva Júnior, ocorrido em 4 de maio de 2008, além do crime de formação de quadrilha.

Os quatro primeiros seriam levados a julgamento na quarta-feira passada (16), mas pela ausência de advogados de duas partes, o julgamento foi adiado para a próxima pauta, que ocorrerá em 2010, mas ainda sem data marcada.

Quanto a Marcelo, este se encontra foragido, tal qual Jardel dos Anjos Silva (também acusado no processo por formação de quadrilha), sendo este o décimo réu do processo.