Do Estadão O patrocínio do governo do Distrito Federal para a escola de samba Beija-Flor fazer seu desfile no carnaval de 2010, no Rio, virou uma disputa entre os deputados “mensaleiros”, o carnavalesco Joãosinho Trinta e o grupo político do vice-governador Paulo Octávio (DEM), responsável pelas festividades dos 50 anos de Brasília no ano que vem.
Os parlamentares envolvidos no chamado “mensalão do DEM”, liderados pelo deputado Leonardo Prudente (DEM), atravessaram a negociação para superfaturar a verba e negociar propina com o governo do DF e uma das mais vitoriosas escolas de samba do Rio. “É um dinheiro maldito”, afirma Joãosinho Trinta, que também tentou ganhar dinheiro no negócio, mas foi passado para trás.
Antes de entrar na negociação, deputados como Prudente - flagrado colocando nas meias propina do “mensalão do DEM” - criticavam publicamente o patrocínio à Beija-Flor, comandada pelo bicheiro Anísio Abraão David.
Após as conversas com o governo e a escola, silenciaram.
A ofensiva dos parlamentares foi desencadeada numa reunião em setembro na casa de Prudente num bairro nobre de Brasília.
Além do parlamentar, outros três colegas de Câmara Legislativa estavam presentes: Júnior Brunelli (PSC), notabilizado pela “oração da propina”, Rogério Ulysses (PSB) e Batista (PRP).
Eles queriam dobrar o patrocínio negociado de R$ 3 milhões do governo à agremiação de Nilópolis, que vai contar na avenida a história dos 50 anos de Brasília.
Em troca, não usariam a Câmara Legislativa para atrapalhar a iniciativa.
O encontro com os quatro parlamentares foi confirmado ao Estado por outros três personagens da conversa: o secretário de Cultura do DF, Silvestre Gorgulho, o subsecretário, Beto Sales, e o empresário Ricardo Marques, amigo de Joãosinho Trinta e responsável por um instituto que leva o nome do carnavalesco.
A reunião ocorreu em setembro na casa de Prudente.
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