Da Agência Brasil A Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras teve o relatório final aprovado hoje (17).

O relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), isentou a estatal de responsabilidades em possíveis irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A votação foi unânime e, com isso, os trabalhos da CPI estão encerrados.

O relatório deveria ter sido votado na semana passada, mas o senador Fernando Collor (PTB-AL), pediu vista.

Hoje, fez críticas ao relatório de Jucá, especialmente ao que chamou de “celeridade imposta” para que a votação ocorresse ainda nesta legislatura. “Não vejo problema em deixar para fevereiro a votação do relatório, uma vez que ainda estaria dentro do prazo [de funcionamento da CPI].

Esse processo de celeridade imposta se constitui muitas vezes em mutilação”, disse.

Jucá respondeu à crítica dizendo que as etapas da CPI foram concluídas de forma contundente. “As sugestões foram anunciadas anteriormente, a cada momento.” A votação ocorreu sem a presença da oposição, que abandonou os trabalhos da CPI no mês passado.

Os parlamentares do DEM e do PSDB alegam que as irregularidades que motivaram a criação da CPI não foram investigadas, como as suspeitas nos valores da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e improbidade administrativa e venda, com preço abaixo do de mercado, de uma refinaria para a Bolívia.

A Petrobras diz que não existe irregularidade na obra da refinaria de Pernambuco, havendo apenas divergência entre os cálculos da empresa e os do TCU.