A Marcha Mundial pela Paz e Não Violência parou o Centro Histórico de Olinda na manhã desta quarta-feira (16/12).

Cerca de mil pessoas, entre elas 400 crianças da rede municipal de ensino, idosos, agentes comunitários de saúde e integrantes do Pro Jovem e entidades da sociedade civil organizada marcharam da Praça do Carmo em direção à Prefeitura embalados por orquestra de frevo, passistas e bonecos gigantes.

Muitos exibiam cartazes com fotos de pessoas desaparecidas e frases denunciando a violência contra mulheres e o abuso sexual de crianças.

Em frente à Prefeitura, os marchantes foram recebidos pelo Prefeito Renildo Calheiros, que formalizou seu apoio à Marcha após apresentação do coral e banda do Centro de Educação Musical de Olinda (Cemo).

Banners alusivos ao tema da Macha foram estendidos na fachada do centro administrativos e os sinos de todas as igrejas repicaram a um só tempo.

O Coral Vozes do Silêncio, formado por 14 jovens com deficiência auditiva, também deu o seu recado. “Esse movimento escreve uma página importante de sua história em Olinda. É um sinal de que a luta pela paz de todos os povos do mundo repercute em Pernambuco e essa marcha significa um passo impostante na construção de um mundo melhor”, discursou o prefeito, lembrando que a cidade tem uma memória de luta e resistência e desempenhou um papel importante em movimentos como a Revolução Praieira de de 1848.

A porta-voz da Marcha em Pernambuco, Cristiane Prudenciano, afirmou que o movimento, que começou no dia 2 de outubro na Nova Zelândia e termina dia 2 de janeiro na Argentina, não encerra a luta pela paz. “Pelo contrário.

Queremos levar uma comitiva pernambucana para Punta de Vacas para que juntos possamos discutir e definir ações para os próximos anos”, disse.

Mais de 20 mil ativistas de todo o mundo são esperados na finalização da Marcha, em Punta de Vacas, aos pés da Cordilheira dos Andes.

Uma equipe internacional da Marcha, composta por ativistas da Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Índia e Itália, está em Pernambuco desde ontem (15) para dar início ao percurso em terras brasileiras.

O estado foi escolhido para dar esse pontapé por causa de seus altos índices de violência urbana.

Agora à tarde, desde às 15h, a Marcha volta a se concentrar, desta vez na Praça da República, onde os manifestantes aguardam ser recebidos pelo governador Eduardo Campos.

De lá seguem pela Ponte Buarque de Macedo, Avenida Rio Branco e Rua do Bom Jesus, finalizando na Praça do Arsenal da Marinha, no Recife Antigo.

No local haverá um ato público e shows dentro da programação do Ciclo Natalino recifense.

Irão se apresentar Chinelo de Iaiá, Grupo Tokada, Coco de Umbigada do Guadalupe, DJ Zero, Tiger e Nação Corrompida.

Os discursos serão traduzidos na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Haverá, ainda, a ação de grafiteiros e frevioca.