De Política / JC O deputado federal e presidente da CNI, Armando Monteiro Neto (PTB), não deixou barato as palavras do senador Sérgio Guerra (PSDB) e reagiu duramente às declarações de seu provável adversário na disputa pelo Senado em 2010.
Entre outras afirmações, o petebista – que insistiu em chamar o adversário de “senador pigmeu” – disse que Guerra tem “fixação por dinheiro” desde os tempos de deputado, nunca fez nada de relevante na Câmara e está criando “uma briga mesquinha”.
Além disso, questionou a origem do dinheiro do senador: “Ele enriqueceu vendendo cavalo?” A primeira resposta de Armando foi em relação à declaração de que ele é um “deputado secreto”. “A melhor maneira é saber como os órgãos externos e o eleitor estão vendo nosso desempenho.
Ele (Guerra) foi um parlamentar bisonho.
Fui contemporâneo dele e ele só atuava de maneira dedicada na Comissão de Orçamento.
Ele sempre teve essa fixação.
Ele não ia sequer às sessões da Comissão de Finanças, que fazia parte”, disparou.
O petebista ainda completou: “Sou há sete anos considerado pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) um dos 100 parlamentares mais atuantes.
Fui incluído na lista muito antes dele.
Quando eu estava no meu primeiro mandato ele já estava no terceiro e nunca fez parte da lista enquanto deputado.
Eu desconheço um projeto dele, que sempre atuou de maneira muito focada só quando o assunto era orçamento.
Então, quem me avalia não é ele. É o eleitor, mais os órgãos externos”.
O presidente do PTB também criticou os comentários do tucano a respeito de um suposto uso da CNI para fazer propaganda política na TV. “Esse é outro dado ridículo.
Sou presidente da CNI e a lei me confere ser, simultaneamente, representante de órgão sindical e parlamentar.
E o Sistema não está proibido de fazer propaganda institucional, assim como um governador que associa realizações ao Estado pode fazer propaganda institucional.
Por que eu não posso como parlamentar?”, rebateu, afirmando ainda que “em Pernambuco o Sistema tem uma atuação histórica, como tem em Sergipe, São Paulo e Paraná”. “O Sistema Senai deu um enorme salto em Pernambuco.
E minha obrigação é atuar em defesa do meu Estado e isso eu farei sempre”.
A grande ira de Armando, no entanto, foi quando questionado pelo senador “aonde está o dinheiro dos show não realizados”. “O que eu tenho com verba de show?
Não sou gestor, não nomeei dirigentes da Empetur.
Não tenho nada a ver com isso.
Quem tem que dizer algo são os órgãos de fiscalização.
Por que me dar essa responsabilidade?”, questinou.
Segundo Armando, receber esse questionamento é como perguntar a Sérgio Guerra, “aonde está o dinheiro do Detran gaúcho (referência ao escândalo do governo Yeda Crusius, PSDB-RS), ou sobre o mensalão mineiro ou algum problema que tenha alguma prefeitura do PSDB”. “Tem pertinência perguntar isso ao presidente do PSDB?
O senador pigmeu não enfrenta a questão e faz insinuações levianas”, disse, lembrando que o ex-secretário Sílvio Costa Filho foi ao TCE e à PF pedir investigação.