O clima esquentou de vez entre o senador Sérgio Guerra (PSDB) e o pré-candidato a senador, deputado Armando Monteiro Neto (PTB).
Em entrevista nesta terça-feira (15) ao comunicador Geraldo Freire, da Rádio Jornal, o tucano soltou o verbo, rebateu críticas feitas pelo petebista e partiu para o ataque com graves acusações.
Entre as declarações mais fortes, acusou o deputado Armando Monteiro Neto de usar a Confederação Nacional da Indústria (CNI), da qual é presidente, para “fazer propaganda política”. [Ouça acima a entrevista completa] “Se ele não fosse presidente da CNI, ninguém sabia quem ele era aqui.
O que ele é mesmo é presidente dessa CNI, que aqui entre nós, esse negócio de Sistema S do jeito que esses caras fazem… não está não… não é possível, você está vendo, ele está todo dia na televisão fazendo propaganda política. É política”, afirmou o senador Sérgio Guerra, pouco depois de dizer que Monteiro Neto era “deputado secreto”, que “não fez nada no Congresso”. “Eu não sei se é legal, se é ilegal, que eu não vou atrás dessas coisas, mas que é ético… eu sou candidato a senador, eu apareço no tempo da propaganda eleitoral do meu partido (…) ele [Armando Monteiro Neto] aparece todo dia ai.. três, quatro, cinco vezes dizendo aquelas bobagens”, completou o tucano, em tom de irritação.
Durante a conversa com o comunicador Geraldo Freire, Sérgio Guerra disse que o deputado tem “uma inveja profunda dele” e que não o vê como concorrente nas eleições do ano que vem. “Nem nessa, nem em nenhuma eleição”, afirmou.
Presidente do PSDB, ele cobrou de Armando - que está à frente do PTB - uma apuração rígida no caso do escândalo dos shows no interior de Pernambuco. “(…) importa que ele tem que resolver isso porque se deu em grande parte no partido dele, com a única exceção do doutor José Múcio Monteiro, que tenho certeza que não tem nada a ver com isso”, afirmou. “(…) podem até ir a Pedro Alvares Cabral, mas tem que saber com quem está esse dinheiro”.
Guerra falou ainda que Armando “tem mania de grandeza”. “Ele faz parte de uma situação de gente que dominou por muitos anos, que no passado tinha muito dinheiro, muito poder.
Hoje não tem dinheiro, o dinheiro acabou, foi embora ai.. agora, poder ele continua a ter por conta dessa CNI ai, que ele usa para fazer campanha de presidente da República, de presidente da República não, de governador”.
Em nota divulgada nessa segunda-feira (14), Monteiro Neto afirmou que “o passado de Sérgio Guerra não lhe confere autoridade para fazer ilações, ameaças veladas e acusações vazias no campo da ética pública e da política”.
Chamou-o também de pigmeu, por conta do escândalo dos anões do orçamento.
A nota foi motivada por entrevista a jornal local, em que Guerra criticou o escândalo dos shows no interior.