Da Agência Estado Depois de ir do céu ao inferno em meio ao recrudescimento da crise financeira na segunda metade de 2008, a Bovespa deu a volta por cima em 2009, com a retomada dos IPOs e uma revoada de capital estrangeiro.

Só para lembrar, a Bovespa foi palco das maiores ofertas de ações do mundo este ano - Santander (R$ 13,2 bilhões) e Visanet (R$ 8,4 bilhões).

O mercado brasileiro de ações iniciou 2009 abaixo de 38 mil pontos, mas conseguiu avançar nada menos do que 84%, e termina o ano ostentando a maior valorização do mundo, surpreendendo boa parte dos especialistas.

Apenas a Bolsa de Xangai tem um ritmo de crescimento semelhante no ano, de 78%.

Essa valorização do Ibovespa acumulada em 2009 é ainda mais estonteante quando comparada à rentabilidade do índice Dow Jones, de 19,6%, que por sua vez é similar às das bolsas de Londres, 19,9%, e Paris, 19% - dados computados até ontem.

A Bovespa amargou somente dois meses de perdas (fevereiro e junho).

O mercado de ações brasileiro está bem perto de recuperar o recorde histórico de 73.516 pontos, atingido em maio de 2008.

Para 2010, a promessa é de um ano muito favorável à Bolsa brasileira, sustentado principalmente pelo crescimento da economia doméstica, já que o mundo tende a apresentar recuperação moderada.

Mas os ganhos fartos vistos neste ano não devem se repetir com a mesma intensidade e a volatilidade pode ser exacerbada em função de variáveis externas.

As previsões para o Ibovespa giram em torno de uma valorização 25% a 30%, o que colocaria o índice à vista no patamar dos 80 mil/89 mil pontos.

Apesar de parecer muito, após o excelente ano de 2009, a Bovespa ainda tem espaço para continuar avançando por causa da boa perspectiva de crescimento econômico para 2010 e da melhora dos fundamentos, afirma o diretor de Investimento da HSBC Global Asset Management, Mario Felisberto.

Ele projeta o índice à vista em torno de 80 mil pontos, com um aumento de 28% nos lucros das empresas brasileiras.

Leia mais.