De Política / JC Presidente do PTB em Pernambuco, o deputado federal Armando Monteiro Neto prestou, ontem à noite, solidariedade em público ao deputado estadual e ex-secretário de Turismo Sílvio Costa Filho (PTB).

Durante a confraternização do partido, no Cabanga Iate Clube, o dirigente subiu ao palco e fez referência ao parlamentar, presente à festa. “O PTB há de ter solidariedade aos companheiros em horas difíceis, na certeza que temos de que, ao final, tudo será esclarecido”, disse, referindo-se ao ex-secretário como “merecedor da expressão de apreço”.

O deputado federal Sílvio Costa (PTB) não compareceu ao evento.

Armando chegou à festa do PTB acompanhado de Silvinho – como o deputado é conhecido – por volta das 20h.

Esta foi a segunda vez que o deputado – que deixou o governo após a denúncia da oposição de superfaturamento e dos indícios de shows fantasmas – apareceu em público.

A primeira foi na semana passada, no retorno à Assembleia.

Ontem, ele aparentava estar bem mais tranquilo.

Passou por várias mesas e cumprimentou os convidados.

Com alguns, conversou aparentando descontração, repetindo que espera que as investigações sejam concluídas com brevidade.

Sobre 2010, o deputado avalia que o episódio não comprometeu sua reeleição e citou como exemplo de superação o governador Eduardo Campos (PSB), desgastado com a polêmica operação de venda dos precatórios e vitorioso nas urnas dez anos depois.

O deputado federal Sílvio Costa (PTB), pai de Silvinho, chegou a cobrar das “lideranças expressivas” uma demonstração firme de solidariedade, o que ocorreu ontem, onze dias depois do desabafo em entrevista à Rádio Jornal.

Até então, Armando tinha divulgado uma nota à imprensa e proferido frases de apoio de praxe, sem o peso e a conotação política da manifestação de ontem.

Segundo Armando, a justificativa para a ausência de Sílvio na festa foi que estaria em viagem, sem citar o destino.

SÉRGIO GUERRA Em cima do palco, Armando, de forma implícita, voltou a alimentar a disputa com o senador Sérgio Guerra (PSDB). “O PTB não será atingido por figuras pequenas”, disse, logo após ser saudado com o coro de “Armando, senador”.

Sobre a nota que partidos de oposição soltaram em apoio a Guerra, o dirigente petebista preferiu não se prolongar.

Classificou-a como um sinal da “antecipação’ da eleição de 2010. “Fiquei sabendo que foi subscrita pelos partidos. É uma antecipação (da campanha).

Mas isso não é bom.

Mas às vezes é absolutamente incontrolável”, disse.