Por Raul Jungmann, de Frankfurt, especial para o Blog de Jamildo Sou de um tempo em que se esperava que o juizo final viria na garupa de uma guerra atomica.
Naqule tempo, faziamos uma contabilidade morbida: quanto, em termos de explosivos, caberia a cada crianca recem nascida.
Que me lembre, a ultima dessas constas macabras apontava para 300kg por nascido em qualquer quadrante do planeta.
Os tempos mudaram e, quem diria, agora o apocalispse cavalga no dorso das mudancas climaticas, no derretimento do distante Artico ou das geleiras da Groenlandia.
E o que temos nos a ver com isso?
Roberto Smeraldi, da ong Amigos da Terra, responde: “no Brasil, sera a cidade do Recife a mais afetada pelas mudancas”.
Para ele, nao se chegara a um acordo vinculante, obrigatorio, para todos os paises em Copenhagem.
E o que valera, pergunto.
Smeraldi responde que a criacao de condicoes, sociais e politicas, para que no ano que vem se possa cehgar a um acordo global e juridicamente valido.
O Brasil chega a Dianmarca com propposta voluntaria de cortes de emissao de CO2 de 35 a 38%,sobre o que estariamos emitindo em 2020, o que e, na media, avancado.
O nosso problema e que o utlimo inventario das nossas emissoes que temos data de 1994 e, so a poucos dias atras, o MCT apresentou um sumario executivo do inventario das emissoes para 2005.
Isso tudo vamos detalhar e abordar mais adiante, quando chegarmos em Copenhagen.
Por hora, importa nao esquecer, que agora ou mais adiante, de uma ou outra forma, todo um modo de produzir e consumir, toda uma racionalidade baseada na infinitude dos recursos e na crenca no progresso e na racionalidade tecnica aplicada a natureza, terao que mudar.
Melhor, estao com os dias contados.
Caso contrario, e se nao mudar, nos e que contaremos os dias que nos restam sobre a face da terra….
PS: Raul Jungmann é deputado federal, pelo PPS de Pernambuco Brasil apresentará, durante a COP15, proposta voluntária de reduzir, até 2020, entre 36% e 38,9% a emissão de gases do efeito estufa