No site Consultor Jurídico O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) a pagar indenização de R$ 3 mil ao ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira, por chamá-lo de corrupto.
Em 2000, o deputado deu uma declaração ao jornal Folha de São Paulo acusando o ex-secretário do governo de Fernando Henrique Cardoso de corrupção.
Em primeira instância, o pedido de indenização foi negado.
O TJ-DF, no entanto, reformou o entendimento da 6ª Vara Cível.
Cabe recurso.
Em julho de 2000, o jornal Folha de São Paulo publicou reportagem informando que o então ex-ministro pelo PPS, Ciro Gomes, classificou o presidente Fernando Henrique Cardoso de “omisso” ao comentar denúncias de superfaturamento e lobby que já envolvaim na época o nome do ex-secretário-geral. “Não sou besta.
Esse Eduardo Jorge é corrupto e trabalhava na ante-sala do presidente. É omissão.
Eu sempre defendi que a missão de um político sério é não roubar e não deixar roubar.
Aproveitando a minha metodologia: eu acho que o Fernando Henrique não rouba, mas deixa roubar", afirmou Ciro Gomes.
Na petição, Eduardo Jorge afirma que “como a cada tem dia tem ficado mais evidente graças ao seu incessante esforço em provar a inocência, sofreu terrível, devastadora e injusta campanha difamatória construída artificialmente por órgão da imprensa, membros do Ministério Público Federal e alguns políticos”.
Também argumenta que foi comprovado, por meio de auditoria do MPF, que as declarações de imposto de renda dele e sua mulher estavam em “plena regularidade”.
Eduardo Jorge já ganhou ações de indenização movidas contra diversos veículos de comunicação.
A alegação usada é a de que foi vítima de ataques infundados em reportagens publicadas.
O ex-secretário-geral de FHC foi acusado pelo Ministério Público de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro na construção do prédio do Fórum Trabalhista de São Paulo, com o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto.
O juiz foi condenado, mas nada ficou provado contra Eduardo Jorge.
Ele foi absolvido de todas as suposições feitas pelo Ministério Público e publicadas pela imprensa.