O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), evitou avaliar nesta quinta-feira os desdobramentos para os tucanos da saída do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, dos quadros do DEM.

Segundo Guerra, o suposto esquema de pagamento de propina para aliados que envolveria Arruda, não interfere na aliança entre os dois partidos para a disputa eleitoral de 2010.

Guerra disse que a direção do DEM teve um bom desempenho na condução do caso. “A questão que envolve o governador Arruda e o DEM não é tema para o PSDB.

O episódio de Brasília está sendo bem encaminhado pela direção do DEM.

Temos outras pautas com o DEM que não envolvem esse assunto”, disse.

Pressionado, Arruda pediu hoje desfiliação do DEM.

O pedido ocorre um dia antes da reunião da Executiva do DEM, que decidiria amanhã a sua expulsão.

Arruda ficou isolado dentro do partido depois das denúncias do envolvimento dele num suposto esquema de corrupção no Distrito Federal.

O esquema envolveria o pagamento de uma mesada a parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

A pressão ficou maior depois que vieram à tona imagens de Arruda recebendo de Durval Barbosa, seu ex-secretário de Relações Institucionais.

Num primeiro momento, ele justificou o recebimento como doação para compra de panetones.

Depois, disse que o dinheiro –recebido quando era candidato ao governo do DF, em 2006– havia sido declarado para a Justiça Eleitoral.

A doação, entretanto, só foi declarada em 2009, segundo o blog do Josias.

Na Folha Online