A manutenção da taxa básica de juros brasileira (Selic), esperada pelo mercado nesta quarta-feira, 9, deve manter o País em segundo lugar no ranking mundial de juros reais.

Segundo levantamento da consultoria Up Trend, o Brasil possui juro real de 4,2% ao ano, se levada em consideração a taxa básica atual, de 8,25% ao ano, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.

O País fica atrás apenas da China, onde o juro real é de 5,8% ao ano.

A China possui juro nominal (sem descontar a inflação) de 5,31% ao ano, mas atualmente têm tido deflação no índice de inflação ao consumidor.

Em terceiro lugar aparece a Indonésia, com juro real de 4% ao ano.

O país tem juro nominal de 6,5% ao ano.

Na outra ponta, entre os países com juro real negativo – ou seja, locais onde os cidadãos têm perda de poder monetário –, a Venezuela possui a taxa mais baixa, de -8,8% ao ano.

O juro nominal venezuelano lidera o ranking mundial, com taxa de 17,53% ao ano.

O país, porém, tem sofrido com uma intensa alta dos preços nos últimos meses, na casa de 2% ao mês.

O juro cobrado no cheque especial registrou ligeira queda em dezembro, segundo pesquisa do órgão de defesa do consumidor Proncon-SP.

Considerando-se a taxa média praticada no mercado, o juro do cheque especial recuou 0,01 ponto porcentual no mês em relação a novembro.

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,78% ao mês.

No período, o único banco que alterou a taxa do cheque especial foi a Caixa Econômica Federal.

A instituição diminuiu o juro de 6,75% para 6,72% ao mês.

Na modalidade de empréstimos pessoais, a taxa média praticada no mercado manteve-se em 5,17% ao mês.

A pesquisa foi realizada com dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.