O espelho de Dilma De Luiz Carlos Azedo, no Correio Braziiense A gestão da imagem da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), virou o xis da questão eleitoral para o Palácio do Planalto.

Até agora, esteve a cargo do marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, João Santana, responsável pela campanha da reeleição de Lula em 2006.

Dois bruxos do nosso marketing político, porém, foram chamados a dar pitacos sobre a imagem de Dilma: Duda Mendonça, o criador do “Lulinha paz e amor” da campanha de 2002, e Nizan Guanaes, que inventou a mão espalmada do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1994.

O estado-maior do projeto Dilma-2010 anda inquieto e pede socorro por causa do índice de rejeição de Dilma nas pesquisas.

A imagem voluntarista de “Mãe do PAC”, fruto de uma tirada de palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi volatilizada pela vida como ela é.

Primeiro, veio a crise econômica mundial, que deu ao governo o discurso atual — nacionalista, estatizante, desenvolvimentista —, mas fez o PAC e tudo o mais atrasar um ano.

Depois, a doença de Dilma, que tirou a ministra dos palanques oficiais por um tempo e a obrigou a andar de peruca.

Está chegando a hora de ela mostrar o cabelo joãozinho.

E buscar o caminho mais curto e seguro para aumentar o grau de conhecimento (somente 32% a conhecem bem ou mais ou menos) sem aumentar o nível de rejeição (41% não votariam nela de jeito nenhum), revertendo a tendência sinistra revelada pela última pesquisa do Ibope/CNI.

Dilma, a mais rejeitada.

Serra, o menos