A defesa do governador José Roberto Arruda (Distrito Federal) já tem pronto um recurso para dar sobrevida a ele nos quadros do DEM.
Se for confirmada a expulsão de Arruda na sexta-feira, os advogados vão recorrer à Justiça argumentando que o governador teve seu direito de defesa cerceado, uma vez que foi concedido apenas oito dias para a apresentação de sua defesa e etapas do processo previstas no estatuto do partido, como o depoimento de testemunhas, não foram respeitadas.
A estratégia é evitar que Arruda perca a legenda e com isso fique longe das urnas em 2010, uma vez que pela lei eleitoral é preciso que um candidato esteja filiado a uma legenda até um ano antes das eleições.
O governador avalia que tem condições de se livrar dos três pedidos de impeachment que foram acolhidos pela Câmara Legislativa do Distrito Federal e que serão analisados.
O DEM remarcou para sexta-feira a reunião da Executiva Nacional do partido que vai decidir o futuro de Arruda.
Têm direito a voto 41 democratas.
A votação é secreta.
O partido havia marcado a reunião para quinta-feira, mas decidiu cumprir integralmente o prazo de oito dias concedido ao governador para apresentar sua defesa por temer questionamentos jurídicos da defesa de Arruda.
Advogados do partido alertam que Arruda pode ir à Justiça caso a decisão sobre a sua expulsão aconteça na tarde de quinta-feira, como estava inicialmente previsto.
O temor é que ele use o argumento de que o prazo para a apresentação de sua defesa acaba no final deste dia, e não no início da tarde.