Da Folha Online O presidente do PPS-DF pediu hoje licença do cargo e de outras posições nas instâncias nacional e regional do partido.
Em nota, ele afirma que se licencia da presidência do PPS-DF para poder se defender das acusações de envolvimento com o suposto esquema de corrupção no Distrito Federal que teria sido montado pelo governador José Roberto Arruda (DEM) na campanha eleitoral de 2006. “Além da demonstração cabal que o partido está acima das pessoas, é necessário também declarar que as alegações feitas, embora mentirosas, serão tratadas por mim, nos fóruns específicos, com a firmeza e a contundência necessárias”, diz ele em nota.
Reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S.
Paulo” informou que Fernandes pediria propina para a diretora de uma empresa para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal –a pasta era comandada pelo PPS.
A propina teria sido revelada pela diretora comercial da Uni Repro, Nerci Soares Bussamra, para o ex-secretário Durval Barbosa –pivô das denúncias–, que gravou a conversa.
No vídeo, Barbosa pergunta quem recebe o dinheiro.
E ela responde: “Ele e o irmão dele”.
Ele pergunta se era Antunes.
Ela repete: “Ele e o irmão”.
Na carta enviada ao diretório regional do PPS-DF, Antunes questiona o motivo do partido ter sido envolvido nas denúncias. “O que fizemos para ser tão fortemente atingidos?
Sabem todos os que fazem o partido no DF que estávamos e estamos comprometidos com as causas republicanas, e nunca tergiversamos disso, como sabem também de nosso empenho em transformar o DF em importante área de atuação do partido.” “Mas não é hora de perguntas, embora haja e sejam necessárias, mas de atitudes.
Não é hora para “acertos de contas”, mas para manter o Partido unido.
Não é hora para precipitações, mas para atitudes serenas.
A hora não é de conclusões, mas de apurações.”