A sessão extraordinária na Câmara Legislativa do Distrito Federal para leitura dos processos de impeachment do Governador do DF, José Roberto Arruda, foi marcada por intensos protestos.

Os estudantes que acompanhavam o relato dos processos foram surpreendidos por um grupo de manifestantes a favor do atual governo com o slogan Não se Iluda, quem é Arruda não Muda.

O presidente interino da Casa, cabo Patrício (PT), encerrou as atividades, e a polícia cercou o prédio.

A leitura durou cerca de uma hora e meia , com a participação de dez parlamentares.

Dentre os processos relatados, três foram acatados com base na Lei 1079/50.

Eles foram expedidos em nome do deputado Chico Leite, Estefânia Viveiros (representando a Ordem dos Advogados do Brasil) e o terceiro, em nome do advogado Evilázio Viana.

Segundo representantes da base de oposição ao governo, os manifestantes foram à Câmara para tumultuar a reunião, com um ônibus fretado.

Um dos integrantes do grupo Kleber Raniere disse o objetivo é lutar pelo direito de resposta do governador.

A sessão, embora tivesse quorum para dar abertura ao processo, serviu apenas para iniciar as discussões.

No encontro, estava prevista escolha do relator da comissão que vai apurar o esquema intitulado como Caixa de Pandora.

Os estudantes saíram de mãos dadas da assembleia com vaias ao grupo a favor do governador Arruda.

Eles permanecem em sala fechada para discutir as próximas estratégias do movimento, enquanto pelos corredores e na frente da Casa manifestantes pró-Arruda provocam tumulto.