Alta da utilização da capacidade instalada reforça recuperação do setor A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria de transformação brasileira alcançou, em outubro, o maior patamar do ano, confirmando a sustentabilidade da recuperação da economia.
A informação consta da pesquisa Indicadores Industriais, realizada mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta segunda-feira em Brasília.
A UCI alcançou 82,5% no dado original e 80,5% no dessazonalizado (livre de influências sazonais e de calendário), ante 81,7% e 80,1% em setembro, respectivamente.
Nos 10 meses do ano, esse indicador registrou crescimento em sete.
A pesquisa ressalta, porém, que a recuperação foi gradual, “com claros sinais de retomada do investimento, o que afasta qualquer pressão de oferta no médio prazo”.
A UCI continua abaixo do verificado no mesmo período do ano passado, quando ficou em 82,4% em termos dessazonalizados.
E não foi só a Utilização da Capacidade Instalada que teve crescimento em outubro.
Todos os demais indicadores tiveram alta, tanto nos dados originais quanto nos dessazonalizados.
O faturamento real da indústria cresceu 1,8% em outubro ante setembro, no dado sem influências sazonais.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, ainda está abaixo, tendo registrado queda de 3,8%.
No acumulado do ano, a queda é de 7,1% em relação ao mesmo intervalo de 2008.
A pesquisa informa que todos os indicadores tiveram esse comportamento, de alta ante setembro mas ainda abaixo dos níveis do ano passado.
Na avaliação da CNI, a indústria de transformação brasileira só ultrapassará a crise no primeiro trimestre do ano que vem.
As horas trabalhadas na produção, indicador que não vinha acompanhando a recuperação da indústria, teve crescimento de 1,4% em outubro nos números dessazonalizados.
No acumulado do ano, a queda ainda é grande ante o mesmo período de 2008: -9%.
O emprego industrial também continuou a trajetória de recuperação no mês analisado.
Teve alta de 0,6% na comparação com setembro, no dado sem influências sazonais e de calendário.
No acumulado do ano, a queda ainda é de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
A massa salarial real (que só tem os dados originais, em virtude de a série histórica ainda ser curta) teve alta de 1,7% em outubro ante setembro, mas ainda mantém queda de 2% no acumulado do ano.