Da Folha de S.Paulo Onze questões da prova de comunicação social do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) foram anuladas por problemas na sua formulação.
A prova é aplicada a alunos e formandos de educação superior e serve de base para a avaliação das instituições de ensino.
Cada área é examinada de três em três anos.
Uma das anuladas gerou polêmica por pedir que os alunos analisassem críticas feitas na imprensa a Lula, quando disse que a crise mundial no Brasil não passaria de “marolinha”. “Agora é a imprensa internacional que lembra e confirma a previsão do presidente Lula”, dizia o enunciado da questão, pedindo em seguida que o aluno avaliasse se houve por parte da imprensa “atitude preconceituosa”, “irresponsabilidade”, “livre exercício da crítica”, “manipulação política da mídia” ou “pré-julgamento”.
A resposta prevista no gabarito era “c”, ou seja, houve livre exercício da crítica, mas a comissão considerou que a questão envolvia um contexto político que poderia confundir o candidato.
Ou seja: pelo fato de a prova ser aplicada pelo governo, o estudante poderia pensar que o certo seria dizer que a crítica da imprensa era preconceituosa ou irresponsável.
A prova de cada habilitação de comunicação (jornalismo, relações públicas etc.) tinha dez perguntas a todos os universitários, 15 comuns a todas as áreas da comunicação e 15 específicas.
Foram anuladas as questões 18 e 19, na parte comum às áreas de comunicação; as de número 30, 33 e 35 de jornalismo; a 33 e a 37 de publicidade; a 34 e a 36 de relações públicas; e a 34 e a 38 de cinema.
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