Conversei com produtores culturais e um deles usou um termo bem engraçado para elogiar o pacote de ontem. É preciso denunciar esse acerto, no sentido de que é correto e vai evitar problemas no futuro.
O principal é mesmo separar artistas (que não precisam passar por licitação) dos gastos com infra-estrutura (palco e som, por exemplo). “Foi um passo grande”, dizem.
O que ocorria até então?
Todos os gastos eram colocados no mesmo pacote, usando o artista para a dispensa da licitação.
Foi assim que denuncier o show de Sandy e Júnior, em 2004.
Consegui que a produção dos artistas revelasse o custo do show, deixando evidente todo o resto do superfaturamento.
No caso da lova lei de Eduardo, os problemas do passado vão ficar no passado, sob a respondabilidade dos órgãos de investigação, como o TCE.
Para evitar desvios, são poucas as sugestões.
Uma delas seria fazer o pagamento diretamente, sempre, ao artista, livrando a figura do intermediário.
Ou laranja, em muitos casos.
A outra seria deixar claro que o empresário é subordinado ao artista, e não o contrário.
Graças a essa distorção, criou-se a figura do empresário exclusivo.
Na verdade, agentes que arrumam shows (sem licitação), em um mercado prostituído, sem serem de fato os representantes dos artistas.