Questionei o pessoal da Eletronuclear sobre a relação do projeto da transposição, que tanta polêmica causou, com a iniciativa de colocar pelo menos duas usinas nucleares no Nordeste. “O Rio São Francisco precisa das usinas.

Elas podem dar maior liberdade de operação, maior robustez ao sistema de geração.

Quando as usinas estiverem em funcionamento, o sistema hidroelétrico não precisa operar na margem (dependências das chuvas)”, afirma Leonam dos Santos Guimarães.

Como não podem ter medo de polêmica para operar, a direção da Eletronuclear faz a defesa da transposição deforma aberta. “A California é toda irrigada com a água da transposição.

O que ocorre hoje é que existem interesses fortes que não querem deixar o interior do Nordeste ser uma nova califórnia.

E não são esses índios que fazem protesto contra o projeto”, afirmou, sem identificar os interesses.

Nesta hora, provoquei o assessor da presidência lembrando que a atriz Letícia Sabatella, não exatamente uma anta, moradora do Rio de Janeiro e não de uma aldeia no sertão, fez campanha contra a obra.

Sem citar a moça, o executivo criticou a postura. “Á água do Rio de janeiro vem de uma transposição, vem da água do Rio Paraíba do Sul.

Se não fosse essa obra, não haveria água no Rio de Janeiro”, frisou.

PS do Blog: volta amanhã a falar sobre o assunto energia nuclear e o Nordeste.

Há muita coisa a ser dita, sempre com exclusividade.