Da Agência Brasil O PPS decidiu hoje (30) que todos os integrantes do partido que ocupam cargos no governo do Distrito Federal devem pedir afastamento, em razão das denúncias de envolvimento do governador José Roberto Arruda e de seu vice, Paulo Octávio (ambos do DEM), em um esquema de pagamento de propina para deputados distritais aliados em troca de apoio na Câmara Legislativa.
A direção da sigla também informou que contratará um advogado para se defender no caso.
A decisão foi comunicada a Arruda pelo presidente do PPS no DF, Fernando Antunes, que é subsecretário de Saúde.
No primeiro escalão, o PPS comanda a secretarias de Saúde, por meio do deputado federal Augusto Carvalho, e de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, ocupada pelo deputado distrital Alírio Neto.
Embora tenha anunciada a saída do PPS do governo Arruda, Fernando Antunes disse que o partido só deve entregar os cargos após a nomeação de seus novos ocupantes.
Com isso, explicou ele, o PPS quer evitar prejuízos na prestação de serviços das duas secretarias à população.
O PPS anunciou ainda que contratará um advogado para defender o partido, que também foi envolvido nas denúncias feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo do DF Durval Barbosa.
Foi ele quem fez as gravações, entregues à Polícia Federal, que mostram Arruda, deputados distritais e integrantes do governo recebendo dinheiro.