Da Agência Estado O desenrolar da crise política no Distrito Federal pode levar a Câmara Legislativa - que tem um terço de seus integrantes também envolvidos no escândalo de corrupção - a escolher o novo governador. É isso que determina a Lei Orgânica do Distrito Federal e a Constituição.

Mas, se os cargos demorarem a ser desocupados, o governo do DF poderá “cair no colo” do PT.

A depender do caminhar da crise, o governador José Roberto Arruda (DEM) pode se ver obrigado a renunciar ao mandato.

O vice, Paulo Octávio, assumiria.

Ocorre, porém, que o inquérito da Polícia Federal (PF) na Operação Caixa de Pandora indica também o envolvimento do vice-governador.

Segundo informações de um relatório de inteligência da PF, Paulo Octávio receberia 30% da propina arrecadada pela empresa Infoeducacional.

Nesse caso, o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), assumiria o cargo.

Mas ele também é investigado.

Na sequência dessa cadeia sucessória, assumiria o vice-presidente da Câmara, deputado Cabo Patrício (PT).

Ele teria 90 dias para convocar novas eleições.

Mas se as vagas de governador e vice só forem abertas em 2010, a menos de um ano do fim dos mandatos, Cabo Patrício ficará no cargo até o fim do governo, conforme determina a Lei Orgânica do DF. “Em caso de impedimento do governador e do vice-governador do Distrito Federal, ou vacância dos respectivos cargos no último ano do período governamental, serão sucessivamente chamados para o exercício, em caráter definitivo no caso de vacância, o presidente da Câmara Legislativa, o vice-presidente da Câmara Legislativa e o presidente do Tribunal de Justiça.” As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.