Os diretores técnicos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Luiz Amorim, e do Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), Jean Baptiste Gelebart, fazem nesta quinta-feira (26), um balanço das reuniões que tiveram, esta semana, no Recife.

Nos encontros, eles discutiram questões da transferência tecnológica e do projeto executivo da primeira fábrica de hemoderivados do Brasil, cujas obras serão retomadas em 2010 em Goiana, município da Zona da Mata Norte pernambucana a 63 quilômetros do Recife.

A reunião desta quinta será no escritório da Hemobrás no Recife, situado na sala 301 do Empresarial Boa Viagem, 960, na Rua Ernesto de Paula Santos, no bairro de Boa Viagem.

A fábrica da Hemobrás será a maior planta industrial do setor da América Latina, com capacidade de processar até 500 mil litros de plasma por ano.

A planta está orçada em R$ 540 milhões.

O empreendimento gerará cerca de 500 empregos diretos, quando entrar em operação, em 2014, além de outros 1,5 mil indiretos.

Durante o pico da obra, devem ser abertos 1 mil postos de trabalho.

A estatal brasileira, vinculada ao Ministério da Saúde, produzirá os seguintes derivados do sangue para o Sistema Único de Saúde (SUS): albumina, imunoglobulina, fatores VIII e IX, fator de Von Willebrand, cola de fibrina e complexo protrombínico.

Estes medicamentos são essenciais para 8 mil pessoas com hemofilia atendidas pela rede pública de saúde e para portadores de doenças graves, como aids e câncer.

Para produzir estes hemoderivados, a empresa brasileira vai obter a expertise do LFB, o maior laboratório do segmento da França e o sexto mais importante do setor no mundo.

O custo da transferência tecnológica é de R$ 16 milhões, com o pagamento de 5% de royalties por ano, durante dez anos.