Os servidores da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego de Pernambuco, em greve desde o dia 16 deste mês, vão promover nesta sexta (27) ato público com a distribuição de abacaxis na avenida em frente à sede da Superintendência do MTE/PE.

A proposta acontece em manifestação à “falta de negociação do governo em atender as reivindicações da categoria e por melhores condições de trabalho”.

A paralisação é nacional e atinge quase todos os Estados.

A principal reivindicação é implantação do Plano de Cargos e Carreiras, proposta antiga encaminhada ao Ministério do Planejamento desde fevereiro deste ano, mas sem perspectiva de aprovação.

Os servidores buscam também, melhorias nas condições de trabalho, regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas semanais, sem a redução de salários e com dois turnos diários para ampliar o atendimento à população.

O movimento reivindica ainda a ampliação do número de vagas no órgão com contratação dos aprovados no último concurso; paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas; isonomia do auxílio-alimentação do Poder Executivo com o do Judiciário e retorno do regime de solidariedade nos descontos do GEAP (plano de saúde da categoria), com valores compatíveis com os salários dos servidores.

Antes desta greve, os servidores do MTE de todo o país realizaram quatro paralisações de advertência.

Segundo o comando de greve em Pernambuco, além da sede no Recife, estão com os serviços parados, as 23 unidades descentralizadas do MTE no interior do Estado.

A procura por atendimento na sede da SRTE/PE é de cerca de 500 pessoas por dia, com a maior demanda para a entrada do seguro-desemprego.

Apenas as atividades relacionadas aos acidentes de trabalho, embargos, interdições e protocolo (para recebimento de mandados judiciais e documentos referentes a processos de licitação iniciados antes da greve) não foram interrompidas.