Tempo de trabalho Por Isaltino Nascimento Antes de apontar o dedo crítico para os outros é preciso olhar para o próprio umbigo.

Se assim tivesse feito, meu caro colega de Parlamento, o deputado Augusto Coutinho não teria jogado palavras ao vento ao reclamar dos projetos enviados pelo Executivo para apreciação da Assembléia Legislativa de Pernambuco.

Por tópicos, fica mais fácil de entender: 1. É comum que o Executivo aproveite o prazo regimental de final de ano para enviar os projetos que ainda pretende aprovar dentro daquele exercício, o que normalmente aumenta o volume de matérias para apreciação nestes períodos. 2.

Se o democrata esqueceu, isso foi feito por Mendonça e Jarbas, quando de seu exercício como líder governista. 3.

Só que com uma diferença gigantesca.

Os dois citados ex-governadores costumavam enviar “Pacotes de maldades”.

Para os quais não abriam debate, fechando-se no expediente do regime de urgência.

E se usasse do seu usual bom senso, Coutinho lembraria – ou verbalizaria – que mesmo recorrendo ao trâmite de urgência, o governador Eduardo Campos jamais se esquivou nestes três anos de prestar esclarecimentos sobre o conteúdo dos projetos que assina.

Pelo contrário, sempre fez questão que todo o corpo de secretariado atendesse às convocações de audiência pública solicitadas pelo Legislativo ou que recebessem em seus próprios gabinetes os parlamentares (incluindo os da oposição) que por ventura requeressem maiores esclarecimentos.

O que não foi praxe de Jarbas/Mendonça, que proibiam secretários de vir à Assembléia prestar informações, governando de costas para o parlamento Estadual.

Se o meu nobre colega também tivesse parado um pouco para examinar o conteúdo dos projetos enviados esta semana pelo governador Eduardo Campos para nossa apreciação, teria percebido que se trata de um pacote com uma série de benefícios para o cidadão pernambucano e para os servidores estaduais.

Como o Projeto de Lei Ordinária (PLO) de número 1370/2009, que cria a 8ª Companhia Independente da Polícia Militar em Pesqueira, reivindicação antiga dos moradores daquela região.

Ou PLO 1376/2009, cujo texto institui o serviço de abrigamento, atendimento e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar sob risco de morte.

Ou ainda o de número 1372/2009, que institui o Bônus de Desempenho educacional e institui gratificação de localização especial para professores da Rede Pública Estadual, entre outros, que serão debatidos amplamente, como sempre o fizemos.

O diálogo é a marca do governo Eduardo Campos.

O que talvez os oposicionistas não estejam acostumados é com a celeridade com que o chefe do Executivo dá solução a problemas crônicos e antigos deixados por aqueles que ficaram estacionados no passado.

E não perdendo tempo com choramingos.

PS: Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br), deputado estadual pelo PT e líder do governo na Assembleia Legislativa, escreve para o Blog todas às terças-feiras.

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