Da Agência Senado Com 23 votos favoráveis, dois contrários e uma abstenção, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, aprovou a indicação de Aldo Luiz Mendes para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central.
Ele substitui Mário Torós, que ocupou a diretoria nos últimos dois anos.
A indicação segue para decisão final do plenário do Senado.
Mendes, 51 anos, atualmente preside a Companhia de Seguros Aliança do Brasil.
Entre 2001 e 2009, ele esteve no Banco do Brasil, onde ocupou a diretoria de Finanças, depois foi diretor de mercado de capitais e vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores.
Especulações de que Torós teria manifestado interesse em deixar o BC circulavam entre investidores, mas o processo de saída foi acelerado depois de uma entrevista ao jornal “Valor Econômico”, publicada no dia 13 de novembro, em que detalhou os bastidores da crise global no Brasil.
Torós, economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), era diretor de Política Monetária no BC desde abril de 2007.
A entrevista de Torós ao Valor dominou as rodas de conversas entre analistas e profissionais do mercado financeiro, nem tanto pelo efeito que poderia ter nos negócios, mas pelo ineditismo de um diretor do BC em relatar informações internas da instituição.