Sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que declinou do convite temendo críticas de uso eleitoreiro da projeção, coube a Frei Chico, um dos irmãos de Lula, dar um cunho político à segunda exibição pública do filme Lula, o Filho do Brasil, ocorrida nesta quinta-feira, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
Rebatendo críticas de que o filme seria usado como arma política nas eleições de 2010, ele criticou a imprensa nacional. “O filme, que eu ainda não vi, é praticamente a história de milhões de seres humanos nesta terra.
Não tem nada mais do que isto.
Os órgãos de imprensa estão tentando politizar, dizendo que é eleitoral.
Faz parte do processo democrático”, declarou.
Quatro irmãos de Lula prestigiaram o evento.
Além de Frei Chico, assistiram ao filme Jaime, Marinete e Ruth, conhecida como Tiana.
No total, o evento teve a participação de cerca de 40 parentes do petista, vindos de São Paulo, Garanhuns, Caetés e Caruaru.
Os 16 familiares de São Bernardo do Campo chegaram ao Recife na quarta-feira e ficaram hospedados em hotéis na praia de Boa Viagem.
Uma caravana formada por primos de primeiro e segundo graus do presidente sai de Garanhuns, no Agreste pernambucano, por vota das 13h de ontem, em um ônibus alugado especialmente para o evento.
A maior parte deles mora no município de Garanhuns.
Apenas quatro ou cinco vivem em Caetés, onde Lula nasceu, na época distrito de Garanhuns.
Os familiares contaram que o convite para a estreia partiu da produção do filme e os parentes se cotizaram para pagar o aluguel do ônibus.
Eraldo Ferreira dos Santos, 55, primo legítimo de Lula e presidente do PT em Garanhuns, disse que o filme era importante por mostrar a história para o Brasil e o mundo. “Morei 25 anos em São Paulo e minha relação com Lula é dessa época.
Vou avaliar mais a produção do filme, porque a história nós vivenciamos", destaca Eraldo Ferreira, que migrou para São Paulo, em 1969, assim como o presidente.
O comerciante José Moura de Melo, 55, também primo, disse que sua expectativa é de que o filme seja sucesso nacional e internacional. “Vai ser um sucesso no mundo, porque ninguém nunca viu uma história dessas.
Mas soube que não mostra Lula presidente.
Só até a morte da mãe dele.
Então fica incompleto ou deve ter a continuação, com a segunda parte”, diz Ele conta que a relação com o presidente vem desde 1972, quando os dois moravam em São Paulo.