Na abertura do Encontro Nacional da Indústria (ENAI), nesta terça-feira (17), em Brasília, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, afirmou que a economia brasileira tem capacidade de crescer a uma taxa anual de 6% nos próximos anos, mas alertou ser preciso uma “mobilização” para criar um “ambiente melhor” para o crescimento sustentado. “O Brasil está saindo da crise, mas ainda precisamos melhorar as condições de competitividade da economia brasileira”, disse Armando, para quem “o tempo político precisa ajustar-se às pressões do tempo econômico”.

Falando a uma platéia de mais de 1,5 mil empresários, Armando lembrou que o governo precisa implementar uma agenda que estimule os investimentos, reduza os gastos públicos e combata a queda do dólar. “O Brasil pode crescer mais e melhor.

O país investe pouco.

Elevar a taxa de investimento público e privada deve ser a principal prioridade ainda desse governo”, afirmou.

Amanhã (quarta,18), no encerramento do ENAI, Armando Monteiro apresentará em coletiva de imprensa a “Carta da Indústria”, ponto de partida para um documento que a CNI entregará no próximo ano aos candidatos à Presidência da República.

As discussões em torno desse documento, encarado pelos empresários como uma “agenda para o Brasil”, contam hoje com a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em um painel que debaterá política econômica, investimentos em infraestrutura, meio ambiente e relações do trabalho.

O painel também tem a presença de Armando Monteiro, do 1º vice-presidente da CNI, Paulo Skaf, dos senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT), do vice-presidente do Banco Mundial (BIRD), Otaviano Canuto, e do professor da FGV Samuel de Abreu.