Do estadao.com.br O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) confirmou nesta sexta, 13, via Twitter, que se encontrará na próxima terça, 17, com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), em Belo Horizonte. “Terça vou a Minas Gerais conversar sobre o Brasil com Aécio Neves”, publicou o deputado em seu microblog.
Ciro e Aécio afirmam publicamente que são pré-candidatos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na última terça, 10, o Estado antecipou o encontro entre os dois políticos, que teria por objetivo articular uma agenda pública comum para mandar mensagem de unidade e de capacidade de aglutinar forças políticas a seus partidos e adversários A ideia é que já na próxima terça-feira Aécio e Ciro almocem juntos no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, para dar publicidade à dobradinha.
Os dois, que cultivam boa relação pessoal, têm conversado com frequência, no momento em que encontram dificuldades para colocar na rua suas candidaturas ao Planalto.
Aécio disputa com o governador São Paulo, José Serra, a indicação do PSDB para concorrer à Presidência.
Ciro é um conhecido desafeto do cacique paulista.
O mineiro nega, entretanto, que seu objetivo seja enfraquecer a pré-candidatura de Serra. “Vejo que algumas análises podem até ir nessa direção, mas isso não é um fato construído artificialmente”, disse Aécio nesta quinta-feira, 12, referindo-se à sua relação com o deputado do PSB.
O encontro com Ciro é útil para Aécio, porque ilustra o que o mineiro tem dito ser o seu diferencial: ter condições de agregar mais forças políticas em torno do projeto presidencial tucano que Serra.
Para Ciro, a boa relação com o Minas vem a calhar.
Está melhor colocado nas pesquisas que a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), mas, além de não ter respaldo na cúpula do governo para lançar sua candidatura, setores do PT trabalharam para asfixiá-la retirando o apoio de outras legendas. “Sou pré-candidato a presidente.
Se Aécio não conseguir sua indicação no PSDB, quero ter a simpatia de Minas”, disse o deputado.
O pré-acordo entre PT e PMDB também prejudicou entendimento em torno da indicação de Ciro para vice de Dilma, posto defendido por setores do PSB.