O antigo aterro da Muribeca, desativado em julho deste ano, está recuperando parte de sua vegetação nativa, garante a Prefeitura do Recife.

Os trabalhos de recuperação ambiental no aterro e está plantando cerca de 5 mil mudas de espécies da Mata Atlântica.

Trata-se da primeira fase do projeto reflorestamento que será realizada em três etapas, ao longo dos próximos 30 meses.

A ação tem o objetivo de reduzir os efeitos negativos sobre o meio ambiente que foram causados pela deposição de lixo no local.

Executado pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), o projeto de recuperação ambiental prevê o reflorestamento de uma área equivalente a 12 hectares.

Na primeira etapa, as mudas são plantadas no entorno dos locais onde eram despejados entulhos de construção civil e na parte do aterro em que funcionava o pátio de inspeção.

Cerca de 20 funcionários trabalham para a revegetação do espaço, além de engenheiros agrônomos e paisagistas da Emlurb. “O projeto está orçado em R$ 600 mil e foi elaborado pela Emlurb em concordância com as propostas mitigadoras existentes no EIA/RIMA do aterro”, afirmou o diretor de Limpeza Urbana da Emlurb, Paulo Padilha, acrescentando que a ação também estava prevista no Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre a PCR e o Ministério Público.

Ainda de acordo com Padilha, após serem assentadas no solo, as mudas são catalogadas e recebem etiquetas com o nome científico e popular da planta.

Ao todo, mais de 10 espécies nativas, como o Pau-Brasil e Oiti da Praia, estão sendo utilizadas para a revegetação do local. “Plantamos mudas com 1,5 ou 2m de altura.

Elas são um pouco maior que o convencional para evitar perdas.

Também fazemos o trabalho de identificação dos vegetais para melhor mapear a área do reflorestamento e depois avaliarmos os resultados”, explicou.

O plantio, nesta fase, vai se estender até o final do ano.

Já a segunda e terceira etapas do projeto terão início sempre no mês de junho dos anos seguintes.

A Emlurb aproveitará o período chuvoso para cultivar de 5 a 7 mil mudas em cada nova fase. “Acreditamos que, nos próximos anos, será possível fazer o plantio nos arredores dos pontos de depósito do lixo doméstico e sobre esta área.

Hoje, ainda não possível fazer reflorestamento ali por causa da liberação de gás (carbônico e metano) que agridem as plantas”, detalhou Padilha.

Dentro do trabalho de recuperação ambiental do aterro, a Emlurb também está finalizando o trabalho de cobrir com argila os pontos onde eram despejados os resíduos domésticos.

Tratores fazem a compactação do material e cobrem com argila toda a área usada para depósito de lixo.

A ação tem o objetivo de deixa o terreno estável, menos irregular e esteticamente mais agradável.

Após o trabalho de cobertura, funcionários realizam o plantio de grama na área.