Depois de seis meses procurando um lugar para tratar o filho de 18 anos, dependente do crack, a doméstica Neuza Vieira da Silva encontrou o apoio que buscava durante audiência pública na Alepe, hoje pela manhã.
Emocionados, mãe e filho saíram do auditório da Casa diretamente para um centro de tratamento privado, em Igarassu. “Eu vou ter força para vencer o vício, quero um futuro”, disse ele.
O drama dessa família, vivido por milhares de outras que enfrentam a convivência com o crack, ajudou a reforçar as críticas de omissão contra o governo diante do problema. “Dados indicam que 92% dos dependentes da droga não buscam tratamento.
Mesmo assim, não há vagas suficientes e a maioria dos centros trabalha com internamento de 30/45 dias, quando o cérebro leva de seis meses a um ano para se recuperar”, salientou o psiquiatra Marcelo Machado, da Comunidade Terapêutica Recanto da Paz, que acolheu o filho de Neuza.