Por Marcelo Jorge, em seu blog Nestes meses escrevendo em meu blog já coloquei várias notícias, mais a que vou relatar agora achei um absurdo, ou melhor, o cúmulo de todos os absurdos, leiam abaixo.

Fernando de Noronha é uma ilha que está a 545km de Recife, no ano de 1988 foi reanexada a Pernambuco e para todos os efeitos faz parte do Brasil, mais quem pensa que aqui funciona tudo igualzinho ao continente que é como os ilhéus chamam o restante do país que fica após cruzar o Oceano Atlântico está enganado.

Agora a pouco por volta das 20:30 estava eu assistindo a TV em casa aqui em Noronha, quando escutei um barulho do lado de fora, olhei pela janela e era um buggy que tinha caido dentro da caixa d’água, sai para olhar e estava o maior auê dos rapazes todos bêbados e que tinham passado a tarde próximo daqui tomando umas e outras.

Enquanto eles tentavam retirar o carro do local, peguei minha máquina fotográfica e fui registrar o acontecido, fazendo as imagens escutei uma voz dizendo assim no escuro, “porque está tirando foto minha?” eu não respondi e continuei registrando o fato, quando vi apareceu um rapaz que depois soube que ele se chama Vinícius, ele vinha para cima de mim pra me agredir, a minha sorte foi que a minha esposa foi ao encontro dele e pediu para ele parar, perguntando porque ele estava indo ao meu encontro, ele estava bastante violento no momento mais a mulher dele estava na hora e conseguiu retirar ele do local, mais como estavam todos bêbados ficaram batendo boca dentro da casa da vizinha onde foi a bebedeira.

O relato foi necessário para poder fazer uma pergunta as autoridades que tomam conta da segurança deste “paraíso“: Será que Fernando de Noronha tem outras leis que eu não conheço, ou que não são as mesmas usadas no Brasil lá de fora?

Fica a pergunta no ar e quero saber quem se atreve em respondê-la.

Aqui, as blitz da Lei Seca só foi realizada no início em que a lei foi sancionada e só educativamente, até hoje não sei se continua as blitzs, se tem o uso do bafômetro, o que realmente sei é que os acidentes de trânsito existentes na ilha a maioria são devido a embriaguez.

Espero que as coisas melhorem não superficialmente e sim na prática do dia a dia, pois senti que hoje poderia estar agredido ou ter perdido a minha câmera fotográfica que com ela já fotografei em locais mais perigosos que em Noronha como o centro do Rio de Janeiro, a praça da Sé em São Paulo, o centro do Recife em meio a uma guerra do batalhão de policiamento de Choque contra os sem-terra, e nunca imaginei que na minha própria casa ou melhor no “paraíso” que moro poderia correr o risco de ter o meu objeto de trabalho quebrado por está registrando um fato do cotidiano noronhense.