(Foto: Alexandre Severo / JC Imagem) Durante entrevista ao comunicador Geraldo Freire, da Rádio Jornal, o deputado federal Armando Monteiro, presidente do PTB de Pernambuco, fez hoje uma avaliação de um dos critérios que poderiam ser utilizados na definição da chapa majoritária do governador Eduardo Campos em 2010.

Veja abaixo a transcrição da entrevista: É verdade que a primeira-dama, Marisa Letícia, está vindo ao Recife a convite do senhor?

AMN – É verdade, Geraldo.

Nós, juntamente com o presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneghelli, que é um dos responsáveis por esse programa Vira Vida, nós fizemos um convite à primeira-dama para que ela pudesse participar da conclusão da primeira turma aqui do programa em Recife, em Pernambuco.

Então ela estará presente.

Inicialmente se realizaria hoje a solenidade, foi transferida para amanhã (terça, 10), e nós contaremos então com a presença da primeira-dama, dona Marisa Letícia.

Falando de política, deputado, passou por aqui no começo da semana passada, ou no meio da semana, o secretário Fernando Bezerra Coelho, e fazendo uma nova tese para a questão da montagem da chapa com Eduardo Campos e os seus dois candidatos ao Senado, dizendo que se nessa chapa tiver Eduardo Campos, João Paulo, Armando Monteiro Neto, essa será uma chapa muito urbana, e fica faltando um matuto para a chapa.

Ele acha que é preciso tirar um para botar um matuto.

AMN – Primeiro que eu não considero o nosso Fernando tipicamente um matuto.

Eu acho que o que importa é menos esse critério geográfico e muito mais critérios de natureza política mais ampla.

Por exemplo, eu não posso me considerar na política alguém que tenha um perfil urbano.

Eu fui eleito deputado federal mais votado de Pernambuco no pleito passado e a maior votação que eu colhi foi na região do Agreste e na região do próprio Sertão.

Quer dizer, minha votação tem um perfil predominantemente interiorano.

Portanto, eu não me considero alguém que tenha um perfil urbano. - Volto a dizer, eu fui o deputado mais votado na região Agreste do Estado de Pernambuco.

Considerando os colégios eleitorais de Pernambuco, a região Agreste, depois da Metropolitana, é a região que tem o maior número de eleitores.

Portanto, eu não considero que nós tenhamos, como disse o secretário, esse perfil predominantemente urbano.

O secretário talvez tivesse querendo aludir o fato de que houve senadores de Petrolina, nós tivemos o ex-senador Nilo Coelho, nós tivemos o próprio Mansueto de Lavor, que era lá da região do São Francisco. - Mas eu volto a dizer, o interior de Pernambuco é formado por diversas regiões, Mata Sul e Norte, diversos Agrestes – Setentrional e Meridional -, e mesmo no Sertão nós temos aí o Sertão do Pajeú, do Moxotó, do Araripe…

Então me parece que se for por esse critério nós nos situaríamos bem.

Se o critério for quem tiver maior densidade no interior nós estaríamos bem situados, não só o PTB, que tem uma base expressiva no interior, como também o próprio deputado Armando Monteiro, que é bem votado no interior. - Mas eu acho que o importante nisso tudo é aguardar sem ansiedade o início dessa discussão que o governador Eduardo Campos vai coordenar, e já tem dito reiteradamente que só em 2010 é que vai iniciar essa discussão.

Eu considero que essas postulações são legítimas, a do secretário Fernando é legítima.

E o importante é que façamos uma chapa…que a gente venha a compor uma chapa forte, uma chapa que represente a melhor composição dentro desse conjunto de alianças, dentro do conjunto político que nós integramos.