Da Agência Brasil A Polícia Federal (PF) iniciou hoje (6) a Operação Inapto, em João Pessoa (PB).
O objetivo é reprimir uma organização criminosa envolvida em fraudes contra o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Cerca de 50 policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão, todos expedidos pela 8ª Vara Federal em Sousa (PB).
Entre os acusados há um secretário municipal (cujo nome a PF ainda não divulgou), fazendeiros fornecedores de gado, um advogado, um gerente e um ex-gerente de instituições financeiras.
As buscas ocorrem em João Pessoa, em Sousa, em Pombal.
Pessoas usadas como “laranjas” também foram identificadas.
A PF informou que, por conta das fraudes, os bancos decidiram adotar critérios mais rígidos para a concessão de financiamentos e que os créditos do Pronaf estariam suspensos devido à alta inadimplência ligada ao esquema criminoso.
De acordo com a PF, um dos líderes do esquema estaria ameaçando funcionários do Banco do Nordeste, Durante todo o dia, os presos serão interrogados pela Polícia Federal e a documentação apreendida será analisada.
A investigação começou em 2007 e teve o apoio técnico de instituições financeiras que detinham grande quantidade de provas contra os acusados.
O prejuízo, até o momento, foi estimado em R$ 5,5 milhões, mas, segundo a PF, pode chegar a dezenas de milhões.
Os financiamentos sob suspeita serão investigados.
Os titulares de financiamentos fraudulentos que se apresentarem à Polícia Federal voluntariamente – antes de serem convocados – poderão prestar esclarecimentos.
Denúncias e apresentações de beneficiários envolvidos em fraude poderão ser feitas à delegacia da PF em Patos.