Deu no site da entidade Antes mesmo de receber a notificação oficial sobre a ilegalidade da greve, os delegados de Polícia já estão retirando as faixas fixadas pelos policiais inidicando o movimento que começou na terça-feira (03/11).

O Sindicato da categoria, o Sinpol/PE, além de repudiar a postura dos delegados, está visitando as delegacias e repondo o material retirado.

Amanhã (sexta-feira 06/11) os policiais civis realizam Assembleia Geral Extraordinária, no auditório do Sinpol/PE, na Rua Frei Cassimiro, 179, em Santo Amaro, onde definem os rumos do movimento.

Abaixo, a mensagem posta hoje no site do Sinpol/Pe, orientando a categoria até a realização da Assembleia amanhã.

Amigo(a)s Policiais Civis, O Sinpol/PE ainda não foi notificado quanto a liminar concedida pelo juiz da quinta vara, Edvaldo José Palmeira.

A informação só chegou até nosso sindicato através da imprensa.

Não houve nada oficial, portanto: A GREVE CONTINUA!

No entanto, estamos preparados para usar todos os instrumentos legais disponíveis para recorrer desta decisão.

Estranho é que o próprio Governo do Estado tenha procurado a Justiça para decretar a ilegalidade do movimento, quando justamente o Governo foi à imprensa declarar que o movimento não estava surtindo efeito. É, no mínimo, um contracenso.

O instrumento usado pelo Governo pode até interromper a greve oficial, mas é inútil em mudar o sentimento e a insatisfação da categoria.

Durante todo esse tempo, nós, policiais civis do Estado de Pernambuco, trabalhamos com afinco e determinação, participamos de rondas, blitzes, operações durante a madrugada, trabalhamos enfrentando as péssimas condições de trabalho, tudo isso na esperança que o Governo reconhecesse nosso sacrifício e dedicação.

Hoje, o Governo festeja e comemora os índices alcançados no Pacto pela Vida, mas esquece a participação incondicional de todos os Policiais Civis do Estado de Pernambuco.

O Estado havia conquistado o engajamento de todos no combate a violência, enfrentando toda sorte de dificuldades, em meio as perseguições dos dirigentes, que a todo instante procuravam ameaçar a categoria.

O Governo prometeu.

Cumprimos nossa parte e não veio o reconhecimento por todo esse sacrifício, numa demonstração clara que nossa participação nas metas do Pacto Pela Vida não foi levada em consideração.

Valeu a pena o nosso sacrifício e dedicação?

Fomos reconhecidos por toda essa luta?

Esse sentimento de insatisfação é a nossa força para mudar a realidade.

Vamos mostrar ao Governo que ele pode até utilizar o instrumento da Justiça e impedir o movimento, mas não pode mudar nosso sentimento diante das promessas.

Nossa resposta deve ser dada a cada dia.

Já vimos que não vale a pena sacrificar-se como nos sacrificavamos.

Somos nós quem produzimos para a Polícia Civil.

Nossos gestores precisam dos nossos serviços assim como o Governo precisa do nosso apoio para fazer valer seu Projeto.

Durante todo esse tempo fomos perseguidos, ameaçados de transferências e de envio à corregedoria.

Através do desempenho das nossas funções é que mantemos esses gestores no comando das instituições.

Então, nosso volume de trabalho não pode ser o mesmo, pois não houve o devido reconhecimento por quem deveria reconhecer.

Nossos valores e nossa profissão foram desconhecidas pelo Governo após este ter alcançado os índices desejados no Pacto Pela Vida.

A lição que tiramos é que o Governo não merece nossa dedicação e empenho.

Nossa luta não pára aqui, ao contrário nos motiva a seguir em frente, porém sem o entusiasmo que tinhamos para atingir as metas.